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Peça itinerante ’69 cômodos’ percorre cortiço histórico no Rio de Janeiro

Teatro documentário situado no cortiço Chora Vinagre representa história da população negra no Brasil
As apresentações gratuitas acontecem com distribuição de senhas meia hora antes.

Foto: Divulgação

20 de abril de 2024

O grupo Teatro ao Redor apresenta nos dias 20, 21 e 28 de abril uma versão itinerante da peça de teatro documentário “69 Cômodos”, no Cortiço Chora Vinagre, localizado no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.

O espetáculo aborda as relações entre pessoas comuns, suas casas e a cidade. A dramaturgia é fruto de entrevistas com moradores de cinco bairros do Rio, cujas histórias de alguma forma se entrecruzam com a desta vila centenária

A encenação tem início na rua dos Inválidos e segue pelos corredores do cortiço, que mantêm suas características arquitetônicas do século XIX, com 69 cômodos, divididos em quartos de 12 metros quadrados e dependências compartilhadas, como banheiros, cozinhas e lavanderias. 

O Chora Vinagre, símbolo vivo da história da população negra no Brasil, carrega em suas paredes as marcas de um passado colonial. Em seus primeiros anos, o casario foi usado como local de comércio de pessoas escravizadas.

Ainda hoje, é possível ver na entrada um calçamento conhecido como chão pé-de-moleque. A nomenclatura faz referência às crianças filhas de escravizados que aplicavam as pedras no solo, ajeitando-as com os pés.

Durante o trajeto, a plateia também estará suscetível a estímulos sensoriais, como latidos de cachorros, movimentos de moradores, ruídos de televisão e o aroma de feijão cozinhando. As intervenções foram pensadas para enriquecem a encenação e promover um diálogo autêntico no decorrer da performance.

A peça é comandada por quatro performers, sendo eles Alex Teixeira, Clarisse Zarvos, Rach Araújo e Zeza Barral, além da participação da artista Leah, moradora do Chora Vinagre. 

As apresentações são gratuitas e acontecem sempre às 18h30, com distribuição de senhas meia hora antes, para um público máximo de 30 pessoas. 

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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