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Personagens ligados à comunidade negra são tema de exposição no Museu Afro Brasil

Mostra "Povoada" fica em cartaz no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, até 3 de março de 2024
O artista Diego Mouro posa ao lado do curador Claudinei Roberto da Silva diante do público da exposição "Povoada".

Foto: Diego Mouro / Reprodução

11 de janeiro de 2024

Os fazeres cotidianos e as tradições do povo negro são os temas da exposição “Povoada”, mostra de Diego Mouro em exibição no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. As obras ficam em cartaz até 3 de março de 2024.

Lançada no ano passado durante o mês da Consciência Negra, a exposição apresenta pinturas a óleo inéditas que retratam cenas e personagens ligados à comunidade negra, como pescadores, lavadeiras, festas típicas e artesãs tradicionais.

“Minhas pinturas são baseadas num trabalho de pesquisa focado nos resquícios da formação cultural negra do país. Uma espécie de olhar atento, cuidadoso, algo como uma vigília sobre as miudezas e delicadezas dessa cultura plural formada aqui. Uma tentativa de falar de ancestralidade no cotidiano, de maneira não óbvia”, afirmou Diego Mouro em publicação no site do museu. 

Em alguns casos, a pesquisa transformou-se em imersão profunda nos costumes destes povos. No texto, o artista relata que, durante a pandemia de Covid-19, passou alguns dias em Gonçalves (MG) por conta do confinamento. Foi quando acompanhou de perto a Congada de São Benedito.

Diante deste cenário, Mouro pôde se aprofundar na organização e nos participantes dessa tradição sincrética, uma união de elementos da cultura tradicional de Angola e Congo identificados com os santos do Catolicismo.

Outros elementos similares também ganharam destaque na mostra, como é o caso das oleiras do Candeal, artesãs tradicionais da cidade de Cônego Marinho (MG), região de Januária. As artesãs mantêm viva uma tradição essencialmente feminina, passada de geração em geração, em uma comunidade à beira do rio São Francisco.

Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, o projeto é resultado de uma parceria estabelecida no fim de 2020 entre o artista e o então diretor da instituição, Emanoel Araujo (1940-2022).

A mostra exposta na instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, traz ainda retratos de personagens negras, “costumeiramente excluídas desse tipo de registro pictórico”, segundo o artista, e dois trabalhos sobre as cavalgadas, romarias realizadas sobre cavalos pelo interior dos estados brasileiros. 

Serviço

Quando: até 3 de março, das 10h às 17h

Onde: Museu AfroBrasil Emanuel Araujo, Parque Ibirapuera, portão 10

Entrada no valor de R$ 15,00 – Gratuito às quartas-feiras

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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