De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2023, das nove milhões de pessoas que não completaram o ensino médio, 71,6% eram pretas e pardas. Para fins de comparação, entre os brancos a porcentagem foi de 27,4%.
Para o estudo, considerou-se o grupo etário de 14 a 29 anos. As informações são do módulo anual sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE.
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Segundo o módulo, entre as 48,5 milhões de pessoas de 15 a 29 anos consultadas pela pesquisa, 19,8% não estavam ocupadas nem estudando. Desse recorte, o percentual de pretos e pardos nessas condições foi de 22,4%, enquanto o de brancos foi de 15,8%.
Em relação ao ensino superior, brancos graduados (6,5%) representaram mais que o dobro do índice de pretos e pardos com graduação completa (2,9%). Para esse dado, foram considerados jovens de 18 a 24 anos.
Segundo o levantamento, o fator principal para o abandono escolar é a necessidade de trabalhar. O número de evasão por trabalho apresentou um aumento de 1,5% comparado ao ano anterior.
Entre as mulheres, 25,6% das pessoas que não trabalham e nem estudam, o segundo maior motivo do abandono é a gravidez. Além disso, os afazeres domésticos ou cuidados de pessoas atingiu 9,5% das entrevistadas. Para os homens, esse fator não chegou a um porcento da taxa feminina (0,8%).