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Após 7 anos, suspeito de matar Binho do Quilombo, filho de mãe Bernadete, é preso pela PF

Itens como armas e relógios de luxo foram apreendidos na operação denominada “Palmares”
O líder quilombola Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo.

Foto: Reprodução

18 de julho de 2024

Uma operação realizada na Polícia Federal nesta quarta-feira (17), em Salvador (BA), resultou na prisão de um homem suspeito do assassinato do líder quilombola Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo. A prisão foi confirmada pelo advogado da família, Hédio Silva Júnior.

Segundo informações da Polícia Federal, as investigações apontaram que os suspeitos usaram um veículo fraudado, adquirido em nome de terceiros e financiado com documentos falsificados. O número de celular utilizado por um dos investigados à época do crime foi cadastrado em nome desta mesma pessoa.

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O caso ocorreu em setembro de 2017, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Binho tinha 36 anos quando foi alvejado após deixar o filho na escola. O líder quilombola era filho de Mãe Bernadete, que também foi assassinada em agosto de 2023. Ambos eram representantes da Comunidade Pitanga dos Palmares.

Itens como armas e relógios de luxo foram apreendidos na operação denominada “Palmares”. Além da prisão do suspeito, as medidas incluem mais oito detenções de indivíduos e o cumprimento de mandados de busca e apreensão. 

Em 2023, três suspeitos foram presos por envolvimento no homicídio. Um deles é suspeito de ser o mandante do crime, o segundo de guardar as armas usadas no assassinato e o terceiro por receptação dos celulares da líder quilombola e de seus familiares.

Ainda em agosto do ano passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o assassinato da liderança quilombola Mãe Bernadete. Em nota divulgada pela organização, a entidade pontuou a necessidade do crime ser investigado “de forma imediata e diligente, com perspectiva étnico-racial e de gênero”.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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