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Após protestos, técnico acusado de assédio por 19 jogadoras pede demissão do Santos

Jogadoras protestaram contra o retorno do técnico às atividades após afastamento de sete meses; em comunicado sobre a saída do treinador, clube amenizou as denúncias
A imagem mostra o técnico Kleiton Lima durante uma entrevista coletiva. O retorno do treinador foi motivo de protesto entre as jogadoras do clubes brasileiros. Ele é acusado de assédio moral e sexual por pelo menos 19 atletas.

Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC

15 de abril de 2024

Acusado de assédio por 19 jogadoras, o técnico Kleiton Lima pediu demissão do time feminino dos Santos nesta segunda-feira (15). A informação foi divulgada pelo próprio clube, em nota. Wesley Otoni assume, de forma interina, a liderança das Sereias da Vila.

“Para preservar sua família, sua integridade e o próprio Santos Futebol Clube, Kleiton Lima solicitou hoje afastamento do cargo de técnico das Sereias da Vila. Por ser tratar de uma decisão pessoal, o Santos Futebol Clube aceitou o pedido e reiterou sua confiança de que o assunto seja definitivamente encerrado”, diz o comunicado do Santos.

O Santos mencionou que o treinador “vem sofrendo críticas” e chegou a ser ameaçado de morte por causa das acusações. “Mesmo convicto de que não cometeu nenhum dos atos pelos quais é acusado, Kleiton Lima entendeu que seu pedido de afastamento é a melhor opção para preservar todas as partes”, acrescenta a nota.

Jogadoras protestaram em campo

O hino nacional foi o momento escolhido por jogadoras da série A do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino para protestar contra o retorno do técnico Kleiton Lima ao Santos na sexta-feira (12). Por meio de cartas, ao menos 19 atletas acusaram o treinador de assédio moral e sexual em 2023. 

Durante o jogo entre Santos e Corinthians, que marcava o retorno de Kleiton às atividades, as alvinegras taparam os ouvidos e a boca com as mãos em referência às vítimas que foram silenciadas. Na comemoração do gol que abriu o placar para as corintianas, Victoria Albuquerque repetiu o ato. A cena também foi vista durante os jogos do Botafogo x São Paulo e Palmeiras x Avaí. O Cruzeiro também se manifestou sobre o caso. 

Esta foi a segunda vez que as jogadoras protestaram contra assédio no campeonato. Na segunda rodada, atletas do Corinthians e do América-MG ficaram ajoelhadas em campo em solidariedade à fisioterapeuta da Ferroviária, Ariane Falavinia, e mais de 200 jogadoras que relataram terem sido alvo de abusos

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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