A ativista climática Mahryan Sampaio, embaixadora da Juventude da ONU, será a nova presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA). Mariana Rico assume como vice-presidente.
Segundo a instituição, a nomeação da ativista dialoga com seu propósito de apoiar territórios por justiça socioambiental no enfrentamento da crise climática, hídrica e combate à fome. Anteriormente, no FunBEA, Mahryan ocupou os cargos de comissão executiva em 2022 e conselheira em 2023.
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Mahryan Sampaio tem graduação em Relações Internacionais pela Belas Artes e especialização em Direitos Humanos e Lutas Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foi delegada jovem do Brasil no G20 sob a presidência brasileira, gerando recomendações para os líderes mundiais nos temas de Mudanças Climáticas, Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, é co-fundadora e diretora de Incidência Política do Instituto Perifa Sustentável, iniciativa que mobiliza juventudes para a construção de uma agenda socioambiental justa e inclusiva. Integra também o Youth Sounding Board Brazil, aconselhando o setor de cooperação Brasil-União Europeia.
A ativista também participou de quatro Conferências de Clima da ONU (COP 26, 27, 28 e 29), falando sobre o racismo ambiental no Sul Global e incidindo politicamente nas negociações de adaptação e financiamento climático.
O Fundo Brasileiro de Educação Ambiental
Fundado em 2011, o Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA) para ação climática atua de forma estratégica em multiterritórios no Brasil por meio do financiamento de organizações de base que têm atuação socioambiental.
Sua missão é mobilizar recursos para o fortalecimento dos territórios através de seus coletivos socioambientais, movimentos, organizações sociais, lideranças e o fomento à incidência em políticas públicas, engajando a sociedade na preservação e restauração da natureza.
Somente no biênio de 2022 e 2023 o fundo repassou mais de R$ 3 milhões em apoios diretos e indiretos aos territórios onde atua. Em 2024, com a Chamada Pública pela Educação e Justiça Climática passou a apoiar 18 coletivos socioambientais e cinco lideranças.
Atualmente, o fundo atua com o apoio financeiro (direto) e o formador (indireto), promovendo o desenvolvimento institucional das organizações apoiadas, a partir de processos baseados na educação ambiental crítica com a promoção de diálogos e trocas de saberes e experiências.
O objetivo é fortalecer internamente os coletivos, movimentos e organizações comunitárias de base, para qualificarem suas lutas e ações, em especial, às relacionadas à educação e justiça climática, assim como promover uma rede territorial com uma agenda comum.