Cerca de 4 mil pessoas participaram do ato convocado pela Coalizão Negra por Direitos neste 13 de maio, em São Paulo. Os manifestantes pediram pelo fim da violência policial e se posicionaram, mais uma vez, contra o governo de Jair Bolsonaro. De forma pacífica, o protesto seguiu da Avenida Paulista até a Praça Roosevelt, na região central. Policiais militares acompanharam a manifestação e filmaram boa parte do trajeto feito por artistas, militantes e lideranças políticas.
A co-vereadora Elaine Mineiro, do Quilombo Periférico do PSOL, reforça que as manifestações realizadas não só na capital paulista como em todo o Brasil são resultado da atuação do movimento negro nos últimos anos. Os atos lembraram também as vítimas da chacina do Jacarezinho, ocorrida na semana passada no Rio de Janeiro.
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“A Coalizão Negra por Direitos é a vanguarda na luta e na resistência do povo preto. Nossa história no movimento negro foi o que nos trouxe até aqui”, afirma a parlamentar.
Atenta às perspectivas para o futuro da população negra, Elaine diz que a união proposta pelos movimentos negros é fundamental para mostrar a força e a resistência que o povo negro tem. “Se a gente vai ser a vanguarda e vai puxar um movimento contra um governo genocida, isso também é resultado da luta que o povo negro sempre travou na rua”, considera.
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Desde o início da pandemia, em 2020, o povo negro enfrenta novos inimigos no Brasil, como a Covid-19 e o aumento da fome. Hoje, durante o ato contra o genocídio em São Paulo, os manifestantes lembraram quem mais ameaça a população negra no país.
“Acredito que o maior vírus que a gente tem hoje no Brasil se chama Jair Bolsonaro”, disparou o músico Evandro Fióti, sócio-fundador da Lab Fantasma. O artista considera o contexto político e institucional vivido no Brasil extremamente delicado. “É o momento da gente se unir, por mais que seja complexa a situação”, pontua.
Para o membro da Coalizão Negra por Direitos, Douglas Belchior, o momento de união marca a história da luta negra no país. “É um momento importante de unidade do campo progressista, da esquerda brasileira, do campo de direitos humanos ao movimento negro. Hoje, a gente avança dentro de uma demanda histórica importante”, conclui.