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Atriz faz campanha financeira para tratamento de Esclerose Lateral Amiotrófica

A doença rara e incurável afeta o neurônio motor, fazendo com que o paciente perca todas as suas atividades motoras
Imagem mostra a atriz e produtora cultural Paloma Alecrim, portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Foto: Divulgação

6 de fevereiro de 2024

Cansaço excessivo, fadiga e fraqueza muscular. Esses foram os primeiros sintomas que a atriz, performer e produtora cultural Paloma Alecrim começou a sentir no primeiro semestre de 2022, antes de receber o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

A artista nasceu na cidade de Araçuaí (MG) e se formou no Curso Técnico em Teatro pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) em 2016 e pelo Núcleo de Artes Cênicas (NAC) em 2019, ano em que se mudou para São Paulo para continuar os estudos de gênero na Escola de Teatro.

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Tudo estava indo bem até que os sintomas apareceram. Após nove meses lidando com o que ela pensava serem possíveis sequelas da Covid-19, esses sintomas passaram a impactar ainda mais as atividades cotidianas de Paloma, inclusive sua disposição nas aulas de teatro.

À medida que a doença avançava, a artista enfrentava quedas ao andar na rua, ao subir na bicicleta, escorregava dentro de casa, apresentava dificuldade para cortar alimentos, manusear talheres, entre outras dificuldades para realizar tarefas simples: ela não tinha força para aplicar desodorante aerossol e não conseguia pentear o cabelo. Além disso, também sofria com espasmos musculares, movimentos involuntários e a voz ficava rouca com frequência.

“Meu corpo estava me avisando que não estava bem e eu sempre fui muito ativa, então, me ver em uma outra frequência doeu. Aliás, está doendo!”, relatou a atriz.

Paloma ficou internada por uma semana no Hospital das Clínicas em São Paulo e foi submetida a vários exames até descobrir que é portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). 

Imagem mostra a atriz sendo maquiada por um homem.
Foto: Acervo pessoal

A doença rara e incurável afeta o neurônio motor, fazendo com que o paciente perca todas as suas atividades motoras, se tornando completamente dependente para suas atividades essenciais e básicas do dia a dia.

Além da esclerose lateral amiotrófica, Paloma também luta contra um tumor na hipófise, cujo tratamento exige um acompanhamento de imagens a cada quatro meses e o uso de medicamento para inibir o crescimento.

Diante do alto custo financeiro para manter todos os cuidados diários como fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia, terapia ocupacional, dentre outros, a artista lançou uma campanha financeira para realizar o tratamento paliativo contra a esclerose lateral amiotrófica, contratar uma cuidadora e cobrir o déficit de suas despesas.

Após os diagnósticos, a atriz não obteve apoio familiar e foi expulsa da casa onde morava com sua avó por intolerância religiosa. Hoje, Paloma mora com o namorado Anderson Isidoro em Minas Gerais, onde a única renda do casal é o auxílio-doença de Paloma e algumas doações de suplementos e vitaminas.

“Às vezes a rotina é meio difícil para mim, né? Sinto saudade de São Paulo, da minha família! Choro escondido para ela não ver… Fico triste de ver a doença evoluir e não poder fazer nada”, relata Isidoro.

Acesse aqui a campanha para ajudar o tratamento de Paloma Alecrim e conhecer mais detalhes sobre a sua história. 

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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