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Capitão do Vasco sub-20 denuncia racismo da torcida após eliminação da Copinha

O jogador Lucas Eduardo relatou em postagem nas redes sociais que foi alvo de gritos racistas de torcedores e atingido por uma garrafa após partida
A imagem mostra o capitão do Vasco sub-20, Lucas Eduardo, jovem negro, com uniforme e em campo.

Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

15 de janeiro de 2024

Lucas Eduardo, capitão do Vasco sub-20 na Copa São Paulo de Futebol Júnior, publicou uma carta nas redes sociais, onde expressa seu descontentamento após a eliminação do clube no torneio. Durante uma entrevista ao SporTV, o jogador revelou que foi alvo de racismo e atingido por uma garrafa.

“Neste dia, foram gritos racistas e uma garrafa atirada em mim. Se isso já me assustou, eu fico a pensar: qual será a tragédia que irá acontecer amanhã para isso acabar?”, lamentou o jogador em sua conta no Instagram, expressando vergonha e decepção. O incidente ocorreu após a derrota de 4 a 1 do Vasco para o Vitória, resultando na eliminação da equipe na competição sub-20.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) emitiu uma nota em repúdio as manifestações racistas. O comunicado destaca que a entidade está em contato com o jogador, o Vasco, a sede (Guarulhos), a imprensa, a produção da transmissão e as autoridades públicas para identificar e punir exemplarmente os responsáveis pelo crime.

O perfil oficial do Vasco da Gama também se manifestou em apoio a Lucas Eduardo, repudiando as agressões e afirmando que tomará as medidas necessárias para investigar e punir os responsáveis. O clube reiterou que agressões e crimes dessa natureza não serão tolerados e serão fortemente combatidos.

Racismo nos estádios é crime

Em julho de 2023, o Rio de Janeiro sancionou a Lei 10.053/2023, que estabelece a Política Estadual Vini Jr. de Combate ao Racismo nos Estádios e Arenas Esportivas. A medida foi proposta após o jogador do Real Madrid ser vítima de racismo em um jogo do Campeonato Espanhol, em maio do mesmo ano.


A Lei prevê a interrupção do jogo em casos de atitudes racista. O texto ainda afirma que, em caso de reincidência de conduta reconhecidamente racista, o organizador do evento esportivo ou o delegado da partida poderá informar ao árbitro ou mediador da partida quanto a decisão.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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