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Cotistas têm maior taxa de conclusão nas universidades federais que os não cotistas, aponta Censo

Dados apontam impacto positivo do Prouni e Fies, além de disparidades entre alunos de escolas públicas e privadas no acesso ao ensino superior
Imagem de alunos negros em uma universidade. Relatório do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) revelou que alunos cotistas têm melhor desempenho no ensino superior em relação aos não cotistas.

Foto: Reprodução

4 de outubro de 2024

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram nesta quinta-feira (3) os resultados do Censo da Educação Superior de 2023. O levantamento revela que estudantes que ingressaram nas universidades federais por meio de cotas em 2014 apresentaram uma taxa de conclusão 10% maior que a de não cotistas, ao longo da última década.

Os dados indicam que 51% dos cotistas concluíram seus cursos em 2023, enquanto a taxa entre os não cotistas foi de 41%. Além disso, o estudo destacou o impacto de programas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

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A taxa de conclusão entre beneficiários do Prouni atingiu 58%, em comparação com 36% dos alunos que não participaram do programa. Já entre os estudantes que contaram com o Fies, a taxa de conclusão foi de 49% contra 34% dos que não utilizaram o financiamento.

Outro dado revelado pelo Censo mostrou que, dos alunos que concluíram o ensino médio em 2022, apenas 27% ingressaram no ensino superior no ano seguinte. A situação foi mais favorável entre os estudantes de escolas federais, com uma taxa de 58%, e de escolas privadas, que atingiram 59%. Em contraste, apenas 21% dos concluintes de escolas estaduais entraram no ensino superior logo após a conclusão do ensino médio.

Os estudantes que fizeram o ensino médio articulado com educação profissional (integrado ou concomitante) também tiveram uma taxa de ingresso acima da média, com 44% entrando na educação superior no ano seguinte. Já entre os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o percentual foi de apenas 9%, e para aqueles na modalidade regular, 30%.

Uma análise inédita feita pelo Censo também revelou a distribuição dos estudantes de graduação entre os 5.570 municípios do Brasil. O estudo mostrou que 89,7% das matrículas em cursos de Educação a Distância (EaD) estão concentradas em 1.085 municípios que também possuem oferta de cursos presenciais. Apenas 10,3% das matrículas em EaD ocorrem em 2.281 municípios onde essa é a única modalidade disponível para a formação superior.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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