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Crianças brancas são preferência nos processos de adoção, diz levantamento

Informações do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) apontam para falta de diversidade e inclusão racial no sistema de adoção brasileiro
A foto mostra uma menina negra passeando com um adulto.

Foto: Reprodução / Frepik

25 de maio de 2024

Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), demonstraram os desafios de diversidade e inclusão no processo de adoção no país. Segundo o SNA, das 30 mil crianças que estão cadastradas no sistema, apenas quatro mil estão efetivamente disponíveis para adoção.

Estima-se que cerca de 35 mil candidatos estão na fila de espera para adotar uma criança. Porém, o perfil das crianças disponíveis muitas vezes não corresponde às expectativas de quem aguarda na fila de pais adotivos.

Isso porque, de acordo com o levantamento, a preferência das famílias adotantes é por crianças brancas, com até três anos de idade e que não apresentem laços familiares prévios ou condições de saúde que exijam cuidados especiais.

Esse perfil, no entanto, é diferente da realidade da maioria das crianças e adolescentes acolhidos. Aproximadamente 92% das crianças em busca de um lar adotivo possuem mais de 6 anos, enquanto 48% do sistema de adoção é composto por adolescentes entre 12 e 17 anos.

O CNJ também demonstra que aproximadamente 98% das pessoas desejam adotar crianças perfeitamente saudáveis, o que reduz as chances de adoção para quem possui necessidades especiais, incluindo aqueles que estiverem dentro do grupo de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Alessandro Tomazelli, Ceo da Companhia do Tomate, referência em recreação infantil no país, crê que esse cenário demonstra uma necessidade urgente de campanhas de conscientização e sensibilização sobre adoção tardia.

“A adoção é um ato de amor e transformação, não apenas para as crianças, mas também para as famílias que as recebem. É preciso ampliar o entendimento de que todas as crianças merecem a oportunidade de crescer em um ambiente familiar, independentemente de sua idade, cor, condição de saúde ou situação familiar”, comenta Alessandro.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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