Promovido pelo Instituto Jatobás, organização da sociedade civil, o programa “Prepara Trampo” está com inscrições abertas para capacitação de jovens entre 15 e 24 anos, que residam na região da Água Espraiada, Zona Sul de Paulo, para o mercado de trabalho. A terceira turma terá início em junho.
O objetivo do programa é desenvolver habilidades socioemocionais, promover o domínio de conhecimentos específicos e preparar jovens para enfrentar com mais chances de sucesso os desafios de processos seletivos e do mercado de trabalho.
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Durante o curso, os jovens vão receber diferentes tipos de orientações para prepará-los para a entrada no meio corporativo. Dentre os principais pontos abordados no programa, está a criação de currículos, que vai ensinar a destacar habilidades e experiências de forma convincente e atrativa.
A orientação para processos seletivos fornecerá dicas desde a preparação para entrevistas até o networking e, por fim, os alunos vão desenvolver e fortalecer as habilidades de comunicação e autoconhecimento, de forma a valorizar os próprios interesses e competências. Além disso, o curso vai ensinar a usar as redes sociais como ferramentas para construir um bom perfil profissional online e estabelecer conexões significativas no mercado.
Desemprego é ainda maior entre jovens negras
O desemprego ainda é um dos principais desafios socioeconômicos do Brasil. Ao final de 2023, o país tinha 8,1 milhões de pessoas desocupadas, o que representava cerca de 7,4% das pessoas com idade para trabalhar, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mulheres negras são ainda mais afetadas pelos desafios do mercado de trabalho. Indicadores do relatório “Mude Com Elas”, da ONG Ação Educativa, noticiado pela Alma Preta, revelam que apenas 44% das jovens negras têm carteira assinada, esse número passa de 50% no caso de homens brancos. Elas constituem o segmento que menos tem acesso ao trabalho no setor privado com carteira assinada, além da alta rotatividade com as taxas de baixa permanência no trabalho atual – 40,4% com menos de um ano no trabalho.