Uma delegada negra alega ter sido vítima de racismo após ser barrada pelo segurança da loja Zara, dentro de um shopping em Fortaleza, no Ceará. O caso aconteceu na última quarta-feira (14), no bairro Edson Queiroz.
Segundo a Polícia Civil do Ceará, Ana Paula Barroso tentou entrar na loja mas foi impedida pelo segurança, que alegou “questões de segurança”. Mesmo depois de solicitar mais informações e questionar o motivo de ser barrada, ela continuou sem permissão para permanecer no estabelecimento comercial.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Ana Paula Barroso atua como diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, da Polícia Civil do Ceará.
O inquérito policial da acusação de racismo foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza. No último domingo (19), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão após a loja se recusar a conceder imagens das câmeras de segurança.
Em nota enviada à Alma Preta, a Polícia informou também que o material apreendido serão submetido à perícia e as oitivas do caso ainda serão realizadas.
Em nota enviada à Alma Preta, o shopping Iguatemi Fortaleza informou que colaborou com a Polícia para disponibilizar as imagens do internas comuns do shopping. Disse também que “não compactua com quaisquer formas de discriminação ou demonstrações de preconceito racial” e que mais detalhes do ocorrido devem ser obtidos com a própria loja.
Leia também: Alunos temem impunidade em caso de apologia ao nazismo no Mackenzie