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Enel será processada por falta de energia em SP; moradores acumulam prejuízos

Desde a semana passada, moradores da capital paulista e da região metropolitana sofrem com a falta de energia e têm prejuízos materiais e financeiros
Imagem mostra a sombra de um homem segurando uma lâmpada.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

8 de novembro de 2023

A Prefeitura de São Paulo informou nesta quarta-feira (8) que ingressará com uma Ação Civil Pública contra a empresa de energia Enel por descumprimento de acordo com a capital paulista e de outras normas legais.

O apagão após as fortes chuvas que atingiram o estado de São Paulo na sexta-feira (3) afetou 2,1 milhões de pessoas atendidas pela concessionária e pelo menos 30 mil seguem no escuro.

Em reunião com a Enel na terça-feira (7), o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A proposta é que sejam indenizados os consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A concessionária tem 15 dias para responder.

Periferias ficam cinco dias sem energia elétrica

Moradores de diferentes regiões da Grande São Paulo acumulam prejuízos por conta da falta de luz e bloquearam, ainda na terça-feira, diferentes vias para chamar atenção em busca de uma solução. Na Avenida Giovanni Gronchi, na Zona Sul da capital, manifestantes colocaram fogo em objetos na rua. Indignada, a população de Cotia, na região metropolitana, também fechou importantes vias.

Na Cidade Tiradentes, periferia da Zona Leste, a força dos ventos arrancou telhados e a instabilidade da rede elétrica causou danos em eletrodomésticos, além de mantimentos perdidos por falta de refrigeração e falhas no sinal de telefonia móvel.

Moradores do Capão Redondo, outra região periférica, na Zona Sul, relataram ter passado cinco dias sem luz.

Árvore caída em rua de São Paulo.
Árvore cai e interdita rua de São Paulo. Foto: Reprodução

Quem é o responsável pelos prejuízos?

A Enel e a Prefeitura de São Paulo atribuem uma a outra a demora para a resolução dos problemas causados à população. A empresa responsabiliza a prefeitura pela falta de poda em árvores, enquanto a prefeitura culpa a empresa de energia. Até o clima foi responsabilizado.

“Não é para nos desculparmos, foi um vento absurdo”, afirmou o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, à Folha de S. Paulo. Segundo a companhia, mais de 3 mil técnicos estão nas ruas para normalizar o serviço.

O governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que a Enel junto às concessionárias de energia vão ressarcir os prejuízos da população e pediu agilidade no pedido dos clientes. Para isso, segundo ele, será criado um plano especial de atendimento, mas o governador não forneceu detalhes e nem informou prazos para isso acontecer.

O contrato de prestação de serviço entre a Prefeitura de São Paulo e a Enel diz que a empresa deve fazer o aterramento da fiação em uma rede de 20 mil km, o que já foi cumprido em 100%, segundo a concessionária. A demanda abrange apenas regiões centrais e a Vila Olímpia, área rica da cidade.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que o aterramento total da rede elétrica teria um custo de R$ 20 bilhões e que seria impossível fazê-lo em toda a cidade. O governante não exclui a possibilidade de dividir essa conta com a população, o que chamou de “contribuição de melhoria”.

* Com informações da Agência Brasil e da Agência Mural.

  • Redação

    A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

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