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Escola Marielle de Comunicação abre inscrições para formação de comunicadores políticos negros

Curso gratuito no Rio de Janeiro capacita jovens periféricos em comunicação estratégica e disputa de narrativas; as inscrições seguem até o dia 8 de junho
Registro da turma de redação antirracista da Escola Marielle de Comunicação.

Registro da turma de redação antirracista da Escola Marielle de Comunicação.

— Reprodução/ Escola Marielle de Comunicação.

23 de maio de 2025

O Instituto Marielle Franco abriu as inscrições para a nova edição da Escola Marielle de Comunicação, voltada à formação de comunicadores e comunicadoras políticas negras com atuação em causas sociais. O curso é gratuito, acontece no Rio de Janeiro e será realizado de 25 de julho a 10 de outubro, com encontros presenciais no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As inscrições seguem abertas até 8 de junho pelo site oficial.

Com foco em jovens negros e negras das periferias da cidade, a escola busca fortalecer a presença desses grupos na comunicação política e na disputa de narrativas públicas. A proposta integra conteúdos teóricos e práticos, estruturados em dois módulos, e prevê ainda mentorias em grupo e desenvolvimento de campanhas vinculadas a pautas concretas, como a Marcha das Mulheres Negras.

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Curso de extensão com apoio institucional

A formação é promovida pelo Instituto Marielle Franco em parceria com a organização Narra e conta com apoio do IFCS/UFRJ, que também certificará os participantes como curso de extensão universitária. Os encontros ocorrerão semanalmente, com distribuição de materiais pedagógicos, alimentação no local e auxílio-transporte.

O conteúdo abordará temas como comunicação estratégica, redes sociais, audiovisual, fotografia, identidade visual, imprensa, storytelling, inteligência artificial e captação de recursos. A seleção das pessoas participantes considerará o perfil, a motivação e o envolvimento com comunicação política ou de causas sociais.

Comunicação como disputa de narrativa e transformação social

Segundo Luyara Franco, filha de Marielle Franco e diretora de Legado do Instituto Marielle Franco, a Escola representa a continuidade do compromisso da mãe com a transformação social por meio da comunicação. 

“Formar comunicadoras e comunicadores políticos das periferias é, para nós, uma forma de disputar narrativas, valorizar memórias e construir futuros possíveis”, compartilhou em nota à imprensa.

Luna Costa, fundadora e diretora executiva da Narra, destaca o papel da juventude negra na produção de novas formas de comunicar. “Nas favelas e periferias, as juventudes negras têm produzido uma comunicação potente e criativa. A Escola vem justamente para reconhecer, fortalecer e conectar essas potências, apostando na comunicação como instrumento de transformação social e ação coletiva”, afirma.

Criada pelo Instituto Marielle Franco, a Escola Marielle é um espaço de formação e fortalecimento de jovens negros, mulheres negras e pessoas LGBTQIAPN+ em comunicação política e ativismo. A iniciativa busca ampliar o acesso desses grupos aos espaços de poder e à produção de narrativas que enfrentem desigualdades e proponham novos horizontes para a vida coletiva.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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