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Estudo: 69% da população em situação de rua é composta por negros no Brasil

Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais aponta para um aumento de quase 24% no número de pessoas em situação de rua em todo o país
magem mostra pessoas em situação de rua acampadas em Brasília.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

15 de julho de 2024

Segundo uma pesquisa realizada pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cerca de 300.868 pessoas vivem em situação de rua em todo o país.

O número representa um aumento de 23.94% em relação ao índice nacional do  último ano, que obteve o total de 242.756 mil pessoas nestas condições. De acordo com o levantamento, 69% desta população é composta por negros, majoritariamente do sexo masculino.

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Deste recorte, a maior parte se encontra na faixa etária entre 18 e 59 anos e sobrevive com até R$ 109 por mês. Outros 14% apresentam algum tipo de deficiência.

Entre os estados, São Paulo é apontado como a região que possui a maior população em situação de rua, somando cerca de 126 mil pessoas. O estudo indica que uma a cada três pessoas nestas condições mora no estado paulista. 

A capital paulista também apresentou um aumento significativo na população em situação de rua, com cerca de 24% a mais em relação a dezembro de 2023. Despontando como líder entre as capitais, o município possui cerca de 80 mil pessoas morando nas ruas. Em dezembro de 2023, a cidade contava com 64.818.

No Rio de Janeiro, segundo colocado no ranking, a população que vive nas ruas atingiu a soma de 29.816 pessoas, sendo 21.023 na capital fluminense. Brasília aparece como a terceira localidade com o maior número de pessoas nessa vulnerabilidade, contabilizando 8.353 pessoas.

O levantamento foi realizado a partir de dados obtidos pelo Cadastro Único (CadÚnico), que reúne beneficiários de programas de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A base de informações do CadÚnico funciona como um indicativo das populações em vulnerabilidade

Em resposta à pesquisa, a Prefeitura de São Paulo contestou os resultados da UFMG. O órgão indicou que considera apenas o “Censo População em Situação de Rua”, produzido pelo mesmo em 2021, para a construção das políticas públicas da cidade. O censo em questão apontou para 32 mil paulistanos vivendo nessa condição. 

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) também informou que, de janeiro a julho de 2024, já foram investidos mais de R$ 1,1 milhão no atendimento social à população de rua.   

Texto com informações da Agência Brasil.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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