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Jovem fundadora de laboratório de estudos afrocentrados ganha bolsa para os EUA

Mariana Silva foi uma das responsáveis pela fundação do Laboratório de Estudos Afrocentrados em Relações Internacionais (LACRI), organização que existe há quase dez anos na Universidade de Brasília
A jovem Mariana Silva, de 28 anos, ganhou uma bolsa de estudos para estudar em Austin, no Texas, EUA.

Foto: Acervo pessoal

18 de agosto de 2024

Inspirada pelas mulheres que a criaram, Mariana Andrade da Silva, moradora de Paranoá, em Brasília, dedica sua carreira a estudar as desigualdades e discriminação contra grupos marginalizados. A jovem de 28 anos é a primeira da família a conseguir uma bolsa integral para estudar nos Estados Unidos.

Foi ela uma das responsáveis pela fundação do Laboratório de Estudos Afrocentrados em Relações Internacionais (LACRI), organização que existe há quase dez anos na Universidade de Brasília (UnB). Reconhecido pelo CNPq, o grupo reúne professores e estudantes de graduação de qualquer curso com interesse na temática racial em uma abordagem internacional.

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“Eu queria fazer Relações Internacionais porque eu queria estudar alguma coisa que tivesse a ver com direitos humanos. Porém, cheguei na faculdade e descobri que Relações Internacionais tinha uma forma meio quadrada de pensar direitos humanos. Por isso, eu fundei o LACRI e eu fui desenvolvendo minha pesquisa,” conta Mariana.

Os planos de Mariana cresceram tanto, que ela passou a considerar universidades para além da fronteira brasileira. Foi com a ajuda do EducationUSA, órgão ligado ao Departamento de Estado Americano e que orienta brasileiros que queiram estudar nos Estados Unidos, que a jovem conseguiu realizar o processo de admissão nas instituições de ensino.

No próximo mês, Mariana Andrade embarca para Austin, na Universidade do Texas, para se tornar uma PhD em estudos africanos.

“Estou muito animada com essa possibilidade de fazer doutorado, já que vou conseguir trabalhar com o que realizo. Depois, eu pretendo voltar para o Brasil e utilizar o conhecimento adquirido para trabalhar em organizações sociais e governo brasileiro,” diz ela.

Oportunidades para outros jovens

Para comemorar o bicentenário das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil, o EducationUSA dará a oportunidade para outros jovens começarem a trilhar o caminho rumo a uma instituição de ensino estadunidense. 

Nos dias 25, 27 e 29 de agosto, mais de 40 universidades participam da Feira EducationUSA 2024, a maior feira gratuita para ensino superior nos Estados Unidos. Há opções de faculdades de graduação, mestrado, doutorado, cursos de curta-duração e cursos de inglês.

“Alunos brilhantes, como a Mariana, merecem uma oportunidade de estudar o que amam e voltar para melhorar o nosso país. Os Estados Unidos continuam ocupando os primeiros lugares no ranking mundial em educação superior de alta qualidade e são o destino mais procurado por alunos internacionais. Existem mais de 3.800 instituições de ensino superior nos EUA, que oferecem inúmeras possibilidades de cursos e bolsas de estudo para alunos brasileiros, independentemente do perfil acadêmico e financeiro,” afirma Jefferson Couto, orientador do EducationUSA na Casa Thomas Jefferson.

Os participantes terão a chance de conversar diretamente com os diretores de admissão das universidades dos EUA, tirar dúvidas e obter mais informações sobre as instituições.

  • Redação

    A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

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