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Livro acusado de ‘doutrinação religiosa’ retorna às escolas de São José dos Campos

Decisão foi tomada pelo MPSP e Defensoria; obra “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas” narra a história de figuras que se destacaram em diversas áreas, como Sueli Carneiro, Débora Diniz e Marielle Franco
Imagem mostra três exemplares do livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”.

Foto: Divulgação

11 de setembro de 2024

Uma ação conjunta do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo obriga a Prefeitura de São José dos Campos a restituir às escolas da cidade exemplares do livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, que foram recolhidos em junho após críticas do vereador Thomaz Henrique (PL). Ele acusou a obra de promover “doutrinação religiosa” entre os alunos.

Após as denúncias, a Prefeitura de São José recolheu os livros, com a justificativa de que uma equipe técnica da Secretaria de Educação e Cidadania iria reavaliar o conteúdo. O livro, escrito por Flávia Martins de Carvalho, juíza de direito no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e juíza auxiliar no Supremo Tribunal Federal (STF), narra a história de mulheres que se destacaram em diversas áreas do conhecimento, e inclui biografias de figuras como Sueli Carneiro, Debora Diniz e Marielle Franco.

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A aquisição do material foi recomendada pela equipe pedagógica e posteriormente comprada pela Prefeitura de São José. No entanto, a ação movida pelo MPSP em 6 de setembro argumenta que a remoção dos livros violou o direito à educação e constituiu um ato de censura. 

Além da redistribuição dos livros, o órgão também solicita que a Justiça condene a gestão municipal a pagar uma indenização de R$ 150 mil por danos morais coletivos, com o valor destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e dos Adolescentes.

Texto com informações do Jornal Metrópoles.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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