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Livro documenta participação do povo negro na construção de Brasília

Pesquisadora conectou saberes tradicionais e científicos explorando as identidades e histórias do Quilombo Mesquita
Imagem mostra uma placa que sinaliza a entrada do Quilombo Mesquita, em Goiás.

Foto: Reprodução

11 de agosto de 2024

Com o intuito de romper a invisibilidade das contribuições do povo negro para o desenvolvimento do Brasil, a doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), Antônia Samir Ribeiro, celebra o lançamento do livro “Quilombo que Gerou Brasília”, publicado pela editora Appris. 

A obra propõe uma viagem pela história negra no interior de Goiás. Em nota à imprensa, Antônia explicou que a abordagem antropológica da obra permitiu que ela reconhecesse sua identidade a partir das realidades apresentadas. “Eu pude ficar de frente com a minha ancestralidade, pulsante em meu peito, não tão presente na cor da minha pele”, afirmou.

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O desejo de resgatar histórias silenciadas levou a pesquisadora a conectar saberes tradicionais e científicos, explorando as identidades e histórias do Quilombo Mesquita. Ela propôs um diálogo entre os conhecimentos marginalizados desse território ancestral e Brasília, a capital construída “onde não havia ninguém”.

Filha de um homem negro nascido na região onde se ergueu Brasília, antiga Santa Luzia da Marmelada, a escritora lembra do conhecimento que seu pai lhe passava, adquirido de forma autodidata em trabalhos nas fazendas, no respeito ao Cerrado e aos seus moradores. “Minha ancestralidade é o fio de condução deste livro. Sendo filha de um quilombola, sou também quilombola”, acrescenta.

O livro “O Quilombo que Gerou Brasília: Os Acontecimentos Silenciados e a História Contada a Partir da Perspectiva do Quilombo Mesquita” pode ser adquirido nas principais livrarias e no site oficial da Editora Appris.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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