Um estudo realizado pela Diversitera mostra que a inserção de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho brasileiro, especialmente nas empresas, é inferior a 0,1% da força de trabalho total. Além disso, aqueles que estão empregados recebem menos do que seus colegas sem deficiência que ocupam as mesmas funções.
Com uma base de dados que inclui mais de 90 mil pessoas, apenas 81 se identificaram como indivíduos com deficiência intelectual. As disparidades salariais são ainda mais evidentes, com rendimentos, em média, 46% menores do que aqueles sem deficiência.
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Marcus Kerekes, CEO da Diversitera, destaca que a exclusão de pessoas com deficiência intelectual e a desigualdade salarial refletem um pensamento capacitista e barreiras que precisam ser avaliadas pelas empresas e pela sociedade.
“Não é suficiente apenas contratar; é crucial criar um ambiente justo e acessível, além de oferecer oportunidades reais de desenvolvimento para todos, independentemente de suas características”, afirma Kerekes.
Luiz Eduardo Drouet, presidente da Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP), também enfatiza a relevância dessa discussão e dos dados apresentados pela Diversitera, que evidenciam as desigualdades existentes.
“O Brasil enfrenta uma grande agenda de reparação histórica. A desigualdade e a falta de oportunidades são desafios que ainda precisamos superar. Para que as empresas avancem, é essencial investir em inclusão. Retroceder neste momento não é uma opção”, ressalta Drouet.