Os policiais militares Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinicius Santos de Oliveira se tornaram réus, depois de denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), acusados de executar Rogério Andrade de Souza, em 30 de julho, no período da manhã, no Guarujá, litoral paulista.
O MP-SP segue na investigação das outras 28 mortes decorrentes da Operação Escudo, deflagrada depois da morte do policial Patrick Reis, em 27 de julho.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público, os policiais da Rota, tropa de elite da polícia paulista, cometeram “homicídio consumado duplamente qualificado”, com alteração de local do crime e a tentativa de tapar a gravação das câmeras nas fardas dos policiais. O MP-SP destaca que eles cometeram esses crimes, mesmo com as câmeras ligadas.
As investigações apontaram que Eduardo de Freitas Araújo efetuou o tiro que matou a vítima, enquanto Augusto Vinícius Santos de Oliveira ficou na frente da câmera para que a ação não fosse registrada.
O juiz Edmilson Rosa dos Santos determinou que os dois denunciados respondam ao processo de homicídio duplamente qualificado e decidiu que os dois agentes de segurança pública fiquem fora das atividades policiais de rua, com trabalhos na parte interna e administrativa da corporação.
Em contrapartida, o MP-SP pediu o arquivamento da investigação acerca de Vitor Nigro Vendetti Pereira e José Pedro Ferraz Rodrigues Junior, os outros dois policiais da Rota que participaram da ação que resultou na morte de Rogério Andrade de Souza. Segundo o órgão, os policiais não tiveram uma participação ativa na execução. O juiz Edmilson Rosa dos Santos acatou o pedido de arquivamento dos dois policiais.
A Operação Escudo resultou na morte de 28 pessoas, depois de uma operação militar na Baixada Santista, mais focada na cidade do Guarujá.