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MG: Livro de Ziraldo é suspenso em escolas municipais; prefeitura nega censura

Em nota, a prefeitura de Conselheiro Lafaiete informou que nenhum exemplar do livro foi recolhido
Imagem mostra capa do livro "O menino marrom", de Ziraldo. Nela, há um menino negro.

Foto: Divulgação

21 de junho de 2024

Em Conselheiro Lafaiete (MG), a obra “O Menino Marrom”, escrita por Ziraldo, foi suspensa temporariamente nas escolas municipais. Parte do conteúdo do livro foi considerado “extremamente agressivo” por parte dos responsáveis.

Devido a pressão dos pais descontentes, na última quarta-feira (19), a Secretaria de Educação do município anunciou a suspensão temporária das atividades relacionadas a obra. O órgão informou que, devido a quantidade de manifestações e divergência de opiniões, buscaria uma readequação da abordagem para evitar “interpretações equivocadas”.

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Para alguns especialistas da educação e pais favoráveis a utilização do livro, a medida é uma manifestação preocupante de censura. Eles alegam que a publicação discute questões essenciais sobre identidade racial, respeito às diferenças e igualdade. 

Em novo comunicado, a prefeitura de Conselheiro Lafaiete (MG) lamentou a má interpretação da nota anterior e afirmou que não houve recolhimento do material, frisando o caráter temporário da suspensão. Segundo o órgão, os livros permanecem em posse dos alunos e familiares.

“Essa decisão foi tomada apenas pelo curto período de elaboração de um plano de trabalho com o propósito de promover uma abordagem pedagógica mais clara e objetiva, visando evitar interpretações equivocadas”, diz trecho da nota publicada nas redes sociais.

A prefeitura ainda anunciou a realização de rodas de conversas entre professores e membros da comunidade escolar, para abordar os aspectos tratados na obra. As reuniões ocorrerão de 25 de junho a 1º de julho.

Ao final do informe, a prefeitura expressou que preza pela “liberdade de expressão, pluralidade e respeito a todos” e reforçou seu compromisso com uma promoção de um ambiente escolar que promova o respeito mútuo e a diversidade de pensamento.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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