A militante e líder religiosa Sônia Maria de Souza Raimundo, também conhecida como Makota Sessilewa, morreu aos 68 anos na terça-feira (14), em Santo André, no ABC Paulista. Ela foi uma das fundadoras do Movimento das Mulheres Negras de Santo André (Negra Sim) e destacou-se como uma das principais lideranças na defesa das religiões de matriz africana e no enfrentamento ao racismo no Brasil.
A trajetória da militante foi marcada pela luta pelos direitos da população negra, pela preservação das tradições afro-brasileiras e pelo fortalecimento das mulheres negras. Em 1995, Sônia co-fundou a entidade Negra Sim, que se tornou referência no ativismo e no acolhimento das mulheres negras.
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Ela também participou do projeto de Mapeamento de Terreiros de Matriz Africana na Grande São Paulo, uma iniciativa pioneira para preservar e dar visibilidade às comunidades de terreiro.
Homenagens de entidades e lideranças políticas
A partida de Sônia gerou comoção entre líderes políticos, movimentos sociais e entidades que atuam pela igualdade racial. Em nota, a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) destacou sua contribuição para um mundo mais justo.
“A perda de Sônia é irreparável, tendo em vista o seu legado por um mundo mais igualitário. Expressamos nossas condolências aos familiares e amigos”, declarou a CUT-SP.
O deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, também homenageou Sônia, que integrava sua assessoria parlamentar. “Sua voz era potente na defesa dos mais vulneráveis e sua presença era uma inspiração. Que sua memória inspire as próximas gerações a seguirem na luta por igualdade e respeito às culturas afro-brasileiras”.
A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) destacou a importância de Sônia na construção de um mundo mais igualitário. “Sua trajetória foi marcada pela defesa incansável das comunidades e pela luta por justiça e dignidade. Sua memória seguirá viva”.
Entidades como a Associação das Baianas das Escolas de Samba do Estado de SP (ABESP), a Casa da Mulher Trabalhadora Carolina Maria de Jesus e o Grupo de Pesquisa Laroyê, da Unifesp, também expressaram pesar e destacaram sua importância para a valorização da cultura e da ancestralidade negra.