PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mortalidade durante gravidez e pós-parto é maior entre indígenas, diz estudo

Disparidade é atribuída à diferença na qualidade das estruturas e na assistência ofertada
Imagem mostra uma mulher indígena carregando um bebê no colo durante a III Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, em Brasília.

Foto: Maiara Dourado/ Cimi

20 de maio de 2024

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que mulheres indígenas morrem com mais frequência durante a gravidez e o período pós-parto no Brasil.

O trabalho publicado na revista científica International Journal of Gynecology & Obstetrics analisou 13.023 casos de morte materna ocorridos de 2015 a 2021 e registrados no DataSUS, do Ministério da Saúde. 

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Os pesquisadores apontaram que a cada 100 mil casos, 115 morrem quando se trata de mulheres indígenas e 67 em ocorrências de mulheres não-indígenas, quase metade do primeiro grupo analisado

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ambos os números estão longe de alcançar a meta de 30 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos até 2030. 

Em relação à causa das mortes das mães indígenas, a principal foi a hemorragia, enquanto a das outras mães é a hipertensão. A diferença é explicada pela qualidade da estrutura e assistência que cada um dos grupos tem acesso.

Como conclusão, o estudo pontuou que “as mulheres indígenas brasileiras enfrentam taxas elevadas de mortalidade materna em todas as causas, principalmente devido à hemorragia, contrastando com as tendências nacionais”.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano