O número de mortes decorrentes de intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) cresceu 61,52% em 2024, com 814 casos. Os dados são de um levantamento do Instituto Sou da Paz divulgado nesta terça-feira (11).
O estudo se baseou em informações da Corregedoria da corporação e indica um aumento de quase 100% em comparação com 2022, quando 421 pessoas foram mortas pela PM.
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Ainda conforme aponta o painel de estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), este é o segundo ano consecutivo em que as forças policiais paulistas apresentam crescimento no número de mortes, desde o início da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2023.
No entanto, a corporação apresentou uma redução média de 11,3% em todos os percentuais de investigação interna durante o período analisado. O estudo considera os autos de prisão em flagrante por delito militar, inquérito policial militar, sindicâncias, conselhos de disciplina e justificação, processo administrativo disciplinar e termo de deserção.
No ano passado houve uma queda de 5,1% nos Inquéritos Policiais Militares (IPM) instaurados em abordagens que resultaram em óbitos. Apenas 19 policiais foram presos em flagrante, o que representa uma queda de 48,6%.
As sindicâncias, processos que apuram irregularidades disciplinares, também tiveram redução de 12,2%, com 3,7 mil registros ao todo. Nos Conselhos de Disciplina, que analisam os resultados das sindicâncias de soldados a subtenentes (praças), a queda foi de 48,1% (108 no total).
Ainda houve uma redução de 12,5% nos Conselhos de Justificação, destinado aos oficiais com patentes mais altas, como tenente ou coronel. Para os Processos Administrativos Disciplinares, o número caiu de 107, em 2023, para 80, um decréscimo de 25,2%.