No primeiro semestre de 2024, a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) foi responsável por 344 mortes. O número representa um aumento de 71% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 201 óbitos em decorrência de ações policiais.
As informações são do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), divulgadas na última quinta-feira (25).
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Entre janeiro e junho deste ano, a alta ocorreu entre as mortes por policiais militares em serviço, que contabilizou 296 das vítimas. Os óbitos ocasionados por agentes de folga totalizaram 48 dos casos. Em 2023, os números foram respectivamente de 154 e 47.
O período que concentrou a maioria dos casos coincide com as operações Escudo e Verão, ambas deflagradas nas cidades da Baixada Santista entre janeiro e março de 2024. Ao todo, os três primeiros meses registraram 211 óbitos cometidos pela PM.
As ações deflagradas neste intervalo foram amplamente denunciadas por abusos e violações aos direitos humanos. Dois policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) viraram réus pela execução de um morador durante a operação Escudo, no Guarujá.
As mortes ocasionadas por policiais civis registraram 14 casos, um recuo de 31% em relação ao mesmo período do último ano, que contou com 21 casos. Somando as duas corporações, as forças policiais causaram 358 mortes nas cidades do estado paulista.
Não é a primeira vez que a letalidade da Polícia Militar cresce na gestão do governador Tarcísio de Freitas (REPUBLICANOS). No terceiro trimestre de seu primeiro mandato, em 2023, o índice de vítimas da PMSP apresentou um aumento de 86%, com 106 pessoas mortas.