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MP dá 30 dias para Prefeitura de SP apresentar plano de câmeras corporais na GCM

STF concedeu poder de posicionamento ostensivo às guardas em fevereiro, o que para o Ministério Público justifica a necessidade de implementação do uso de câmeras corporais
Agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo durante solenidade no centro da capital paulista, em janeiro de 2025.

Agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo durante solenidade no centro da capital paulista, em janeiro de 2025.

— Marcelo Barreto/SMSU

20 de março de 2025

Na última quarta-feira (19), o Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (GAESP) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou um inquérito contra a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) de São Paulo para apurar a utilização de câmeras corporais pela corporação.

O órgão destaca a necessidade de utilização do equipamento, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o poder de policiamento ostensivo e comunitário às guardas em fevereiro.

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Os promotores de Justiça  argumentam que, devido às frequentes situações de flagrante delito, os registros por imagem se tornam um importante instrumento probatório, além de garantirem maior proteção às vítimas e aprimorar os Procedimentos Operacionais Padrão.

De acordo com o GAESP, o Programa Smart Sampa, voltado para o videomonitoramento da cidade, não prevê o uso de câmeras corporais para os guardas da GCM. O grupo defende que o programa não impede a criação de um planejamento específico para a implementação do equipamento.

O MPSP solicita que a SMSU apresente, no prazo de 30 dias, uma versão preliminar do “Programa de Implementação de Câmeras Corporais na GCM da Capital”, com informações como planejamento e identificação das principais demandas operacionais para a implementação dos dispositivos. 

A minuta do programa deve incluir contextos específicos em que o uso das câmeras deve ser analisado, como o patrulhamento ostensivo, abordagens em áreas de risco e a utilização na região da cracolândia e no Programa Guardiã Maria da Penha. O documento também deve conter critérios de utilização das câmeras e um cronograma de implementação.

O MPSP quer que a Secretaria de Segurança Urbana informe sobre ocorrências e incidentes para avaliação de áreas não abrangidas pelo Smart Sampa. A pasta deverá realizar pesquisas de mercado sobre custos, armazenamento, treinamento e manutenção do programa.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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