Um conjunto de 19 organizações da sociedade civil lideradas pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) lançou um documento intitulado “Princípios e Diretrizes para o Enfrentamento ao Racismo Ambiental no Brasil”. O texto destaca a necessidade de garantir equidade nos aspectos de raça, etnia, gênero, classe e territorialidade nas políticas públicas relacionadas ao combate ao racismo ambiental.
Entre os pontos destacados no documento estão a utilização de indicadores raciais para avaliação e monitoramento das ações relacionadas ao tema, o investimento na participação social durante a execução dos planos de enfrentamento às desigualdades ambientais e mudanças climáticas, e a importância do protagonismo de movimentos sociais e organizações da sociedade civil nos conselhos de participação social.
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Cristiane Ribeiro, membro do colegiado de gestão do Inesc, enfatizou que o combate ao racismo ambiental é uma questão global e estruturante, que requer ações coletivas e não se limita a medidas tomadas por um único país.
Ela ressaltou a importância de políticas públicas focadas na população negra, periférica, em territórios tradicionais, indígenas, quilombolas e camponeses, que são os mais afetados pelos eventos climáticos extremos.
O documento também destaca o papel fundamental desempenhado pelos povos indígenas, comunidades quilombolas e outros povos tradicionais na proteção dos territórios, das águas e das florestas, e os impactos do racismo ambiental em seus modos de vida, incluindo violações de direitos básicos como acesso à terra, água, saúde e educação.
Segundo Cristiane, políticas públicas eficazes para enfrentar a crise climática são urgentes e requerem medidas de curto, médio e longo prazos em âmbito local, regional e internacional. “A política internacional desempenha um papel determinante nas decisões dos Estados nacionais e das empresas”, acrescentou.
Para conferir o material na íntegra, acesse o link.