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Painel na COP 28 debate contribuição das religiões de matriz africana à justiça climática

Painel discutiu maneiras como a fé e as expressões religiosas em sua diversidade podem contribuir para pensar soluções para o meio ambiente
Imagem mostra Luzi Borges, mulher negra, presente no painel da COP28 que discutiu religião, justiça climática e meio ambiente, no dia 8 de dezembro

Foto: Vinicius Martins/Alma Preta Jornalismo

12 de dezembro de 2023

O Instituto de Estudos da Religião (Iser) promoveu, na sexta-feira (8), durante a COP 28, o painel “Religião e espiritualidade como elementos fundamentais para a garantia da justiça climática”. Na ocasião, os presentes pensaram e discutiram maneiras como a fé e as expressões religiosas em sua diversidade podem contribuir para o debate sobre justiça climática.

Luzi Borges, diretora de políticas para povos e comunidades de matriz africana e de terreiros participou do painel interreligioso e apresentou as ações do Ministério da Igualdade Racial (MIR) voltadas para os povos tradicionais de matriz africana e as contribuições das formas de pensar dessas comunidades para a preservação do meio ambiente.

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“Como dizem os povos de terreiro ‘kosi ewê, kosi orixá’, ou seja, sem folha não tem orixá e sem orixá não existe folha. A preservação do ambiente para nós de terreiro é algo muito importante, então não existe espiritualidade sem essa conexão. Pensar também a partir desse lugar, que ecologicamente nós defendemos a natureza”, disse a diretora durante a conferência.

Borges também apresentou ações que vêm sendo desenvolvidas pelo ministério para este grupo religioso e anunciou a criação do programa de enfrentamento ao racismo religioso, em desenvolvimento pela pasta.

Também participaram do painel o frei Eduardo Agosta Scarel, representante da igreja Católica; Ronilso Pacheco, do Iser, e Selma Dealdina, candomblecista e coordenadora da Coordenação Nacional de Quilombos (Conaq).

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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