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Pesquisa: 9 em cada 10 mulheres acreditam que feminicídio aumentou em 5 anos

A pesquisa, que foi realizada com mais de mil participantes, destaca o sentimento majoritário de insegurança das mulheres em relação ao feminicídio
Imagem mostra uma mulher negra fazendo o sinal de pare.

Pesquisa: 9 em cada 10 mulheres acreditam que feminicídio aumentou em 5 anos

— Reprodução/Pexels

27 de janeiro de 2025

Segundo a pesquisa “Medo, ameaça e risco: percepções e vivência das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio”, cerca de nove a cada dez mulheres acreditam que o feminicídio aumentou nos últimos cinco anos. 

O estudo do Instituto Patrícia Galvão, realizado com o apoio do Ministério das Mulheres, foi viabilizado através de emenda parlamentar da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) e ouviu 1.353 mulheres a partir de 18 anos.

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Além da percepção coletiva do aumento da violência de gênero no país, cerca de 60% das entrevistadas creem que a alta nos casos de feminicídio  é intensificada pela sensação de impunidade. 

Para 32% das participantes, o machismo e outras violências contra mulheres são os fatores que contribuem para esse aumento.

Percepção da impunidade dos agressores

A insegurança com a impunidade também foi um dos destaques do levantamento. Apenas 20% das mulheres ouvidas acreditam que os agressores são presos e  condenado.

Oito em cada dez mulheres acreditam que as forças policiais não acreditam na seriedade das ameaças e riscos sofridos por elas.

A ampla maioria das entrevistadas (96%) também concorda que só medida protetiva não é suficiente, se o agressor não respeitar a imposição judicial e a polícia não garantir a segurança da vítima. 

Além disso, 93% das participantes apontam que as mulheres se sentiriam mais seguras para denunciar as ameaças de morte se tivessem apoio do Estado.

O relatório da Rede de Observatórios da Segurança indicou que uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 15 horas no Brasil em 2023, onde a maioria foi cometido por parceiros ou ex-parceiros. O total de 586 casos demonstra um salto de 22,04% em relação a 2022.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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