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PM à paisana atira 13 vezes e mata homem em São Bernardo do Campo

O caso foi registrado por câmeras de segurança, que mostram o policial atirar contra a vítima mesmo após ela cair com os disparos; arma de brinquedo foi apreendida
Policiais militares em frente as viaturas da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP).

Policiais militares em frente as viaturas da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP).

— Reprodução / Governo de SP

25 de março de 2025

Na última segunda-feira (24), um homem de 55 anos foi morto após ser baleado por um policial em frente ao estacionamento do mercado Oxxo, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. O homem teria anunciado um assalto com uma arma de brinquedo. 

O caso ocorreu durante a madrugada, no bairro Vila São João. Um policial à paisana, que conversava com outra pessoa no momento do suposto anúncio de assalto, reagiu à ação e disparou cerca de 13 vezes contra o homem.

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A ocorrência foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. O vídeo mostra o policial conversando com outra pessoa quando o homem se aproxima. Ele aparenta mostrar algo para os dois presentes e o policial começa a atirar.

A vítima ainda tenta correr, mas é atingida pelos disparos e cai no chão, atrás de um carro estacionado um pouco à frente do estacionamento. O policial o persegue, atira novamente contra o homem caído e depois se afasta do local.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a vítima chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu e morreu. O órgão também informou que um simulacro de arma de fogo foi apreendido.

O caso foi registrado como legítima defesa e tentativa de roubo e é investigado pela Polícia Civil do 1º Distrito Policial de São Bernardo do Campo. Os nomes do agente e da vítima não foram divulgados pela polícia.

A Alma Preta tentou contatar a Secretaria de Segurança para saber se o policial em questão é da reserva ou se desempenha funções ligadas ao serviço militar. 

A reportagem também questionou se há algum inquérito instaurado para apurar a conduta do agente. Nenhum dos questionamentos foi respondido pela pasta. O espaço segue aberto para manifestação.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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