Durante todo o ano de 2024, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) realizou o maior aumento no efetivo policial dos últimos 14 anos. Segundo o balanço do governo paulista, divulgado na quarta-feira (1), 7,8 mil policiais militares, civis e técnico-científicos foram contratados neste período.
Quase 4 mil novos agentes foram admitidos na Polícia Militar, dos quais 2,9 mil ingressaram em dezembro. A Polícia Civil contou com a adição de mais de 4 mil policiais, entre delegados, investigadores, escrivães e médico-legistas.
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A quantia corresponde ao crescimento de mais de 400% em relação aos 1.335 mil policiais admitidos em 2023. Desde o início da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no mesmo ano, o efetivo policial de São Paulo teve um aumento de 9,2 mil agentes.
Letalidade policial cresce 81% com Tarcísio
Além do aumento no efetivo da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a letalidade da corporação também registrou uma alta notável. De acordo com a plataforma de transparência da SSP, de janeiro a setembro de 2024, os agentes em serviço foram responsáveis por, ao menos, 474 mortes e 234 feridos.
Os PMs de folga mataram cerca de 78 pessoas no mesmo período. Os números são cerca de 81,6% acima do registrado em 2023, no primeiro ano da gestão de Tarcísio de Freitas,. À época, os policiais militares em serviço vitimaram 261 pessoas em três trimestres.
O levantamento de estatísticas da SSP contém informações até o terceiro trimestre de 2024. Dados referentes aos casos ocorridos entre outubro e dezembro do ano passado ainda não têm data prevista para a divulgação.
Mortes por PMs em serviço na gestão Dória
Antes do comando de Freitas, em três trimestres de 2022, 180 pessoas haviam sido mortas em confronto com a Polícia Militar. O aumento do último ano representa um crescimento de, aproximadamente, 163,3% na letalidade policial do estado.
No mesmo período do último ano da gestão do ex-governador João Dória, os agentes da corporação paulista feriram 139 pessoas. As mortes por PMs de folga somaram 86 vítimas.