O Governo do Estado de São Paulo anunciou em edital mudanças relacionadas às câmeras operacionais portáteis (COPs) utilizadas pelos agentes da Polícia Militar (PM). Entre as alterações nos dispositivos corporais, está o modo como os equipamentos serão acionados. Agora o policial será responsável pela escolha de gravar ou não uma ocorrência.
O governo paulista, administrado por Tarcísio Freitas (Republicanos), também comunicou uma licitação para adquirir 12 mil novas câmeras corporais. A cifra representa um aumento de 18% no número de equipamentos disponíveis atualmente para os agentes de segurança.
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Atualmente, a corporação opera com mais de 10 mil câmeras, que gravam de forma ininterrupta, sem necessidade de ativação por parte dos policiais. Todas elas serão substituídas pelos novos equipamentos.
Os agentes, por sua vez, possuem apenas a autonomia de aprimorar a qualidade da imagem e do áudio. Com a alteração, será responsabilidade do policial ativar a câmera para iniciar a gravação.
Além disso, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) terá a capacidade de acionar a câmera de forma remota, caso detecte que o agente em serviço descumpriu o protocolo e não ativou o equipamento.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as novas câmeras terão mais funcionalidades, “como capacidade para as funcionalidades de reconhecimento e identificação de objetos e pessoas, leitura de placas de veículos, melhoria na conectividade, com possibilidade de transmissão ao vivo, entre outras inovações, diferentemente das atuais COPs”.
Conforme o anúncio, as COPs adquiridas por meio dos contratos anteriores serão devolvidas à empresa que ganhou a licitação na época. Porém, se necessário, a PM vai renovar o acordo para manter essas câmeras em funcionamento até o término da nova licitação, para que não haja a interrupção no uso das câmeras.