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Pobreza alimentar severa afeta mais de 180 milhões de crianças menores de 5 anos

Relatório da Unicef revela que 25% das crianças nessa faixa etária têm dietas extremamente limitadas e que põem em risco a saúde
Criança segurando um prato vazio. Segundo estudo da Unicef, mais de 25% das crianças menores de 5 anos sofrem de "pobreza alimentar severa".

Foto: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo

6 de junho de 2024

Mais de 25% das crianças menores de cinco anos no mundo sofrem de “pobreza alimentar severa”, o que representa um grave risco à saúde de mais de 180 milhões de crianças, segundo um relatório da Unicef divulgado na noite desta quarta-feira (5). Essa condição é caracterizada pela ingestão de alimentos de apenas dois ou menos grupos alimentares.

“Um número impactante de crianças sobrevive com uma dieta muito pobre, consumindo produtos de dois ou menos grupos de alimentos”, explicou Harriet Torlesse, coautora do relatório, à AFP. Segundo a Unicef, é essencial que crianças pequenas consumam diariamente alimentos de pelo menos cinco dos oito grupos alimentares recomendados: leite materno, cereais, frutas e verduras ricas em vitamina A, carne ou peixe, ovos, produtos lácteos, leguminosas e outras frutas e verduras.

No entanto, 66% das crianças menores de cinco anos em 137 países de baixa e média renda não conseguem atingir essa meta nutricional diária. Dentre essas, cerca de 181 milhões (27%) consomem, no máximo, alimentos de dois grupos.

“Essas crianças que só comem dois grupos de alimentos por dia, por exemplo, arroz e um pouco de leite, têm 50% mais chances de sofrer formas graves de desnutrição”, alertou a chefe da Unicef, Catherine Russell. 

Situações graves de desnutrição ou magreza extrema podem ser fatais. E para as crianças que sobrevivem, as consequências são duradouras: desempenho escolar prejudicado e maiores dificuldades econômicas na vida adulta, perpetuando o ciclo de pobreza.

O relatório destaca que o desenvolvimento do cérebro, coração e sistema imunológico, essenciais para a proteção contra doenças, depende de uma dieta rica em vitaminas, minerais e proteínas. A “pobreza alimentar severa” está concentrada em 20 países, com situações particularmente críticas na Somália (63% das crianças afetadas), Guiné (54%), Guiné-Bissau (53%) e Afeganistão (49%).

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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