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Presidente do Palmeiras boicota sorteio da Libertadores em resposta a caso de racismo

Em entrevista antes da final do Paulistão no último domingo, Leila Pereira declarou que não estará presente no sorteio da Libertadores em protesto a multa da Conmebol contra o clube paraguaio Cerro Porteño
A foto mostra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em coletiva de imprensa no Centro de Treinamento do Palmeiras, em janeiro de 2024.

A foto mostra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em coletiva de imprensa no Centro de Treinamento do Palmeiras, em janeiro de 2024.

— Rovena Rosa/Agência Brasil

17 de março de 2025

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, anunciou que não irá comparecer ao sorteio da fase de grupos da Copa Libertadores, que ocorre nesta segunda-feira (17). O boicote é uma resposta ao recente caso de racismo em campo contra o atacante palmeirense Luighi Hanri, durante uma partida da Copa Libertadores Sub-20.

Em declaração à imprensa no último domingo (16), antes da partida na final do Paulistão, a presidente palmeirense destacou que o boicote é um protesto contra a punição aplicada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ao clube paraguaio Cerro Porteño, ao qual classificou como “ridícula”.

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“Não irei como forma de manifestação contra a pena ridícula imposta pela Conmebol ao racista e ao Cerro Porteño, que reiteradamente vem praticando essa conivência com esses racistas. Então, não irei”, declarou a mandatária em entrevista à TNT Sports.

A Conmebol multou o time do Paraguai em 50 mil dólares, o equivalente a cerca de R$ 288 mil, e também proibiu a presença de torcedores para os próximos jogos da Libertadores Sub-20.

Leila Pereira ainda ressaltou que aguarda um retorno para uma carta enviada à FIFA, solicitando maior rigor da entidade no combate aos crimes de racismo no futebol sul-americano.

“Ainda estamos aguardando a resposta da carta da FIFA, e nós vamos insistir muito com isso, é um crime muito grave. Não podemos deixar que a Conmebol seja tão conivente com esse tipo de atitude. Vamos continuar insistindo para que tenham penas exemplares porque só assim vamos conseguir coibir esse tipo de crime”, completou.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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