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Professores do Pará aprovam greve contra fim do ensino presencial em comunidades tradicionais

Em votação unânime, professores estaduais do Pará se somam à mobilização dos educadores indígenas e aprovam greve geral por tempo indeterminado
A foto mostra a assembleia-geral dos professores paraenses no Sindicato dos Bancários, em Belém (PA).

A foto mostra a assembleia-geral dos professores paraenses no Sindicato dos Bancários, em Belém (PA).

— Reprodução / Redes Sociais

17 de janeiro de 2025

Professores da rede pública de ensino paraense anunciaram, na última quinta-feira (16), uma greve geral em apoio à ocupação dos educadores indígenas ao prédio da Secretaria de Educação do Pará (SEDUC).  

A mobilização pede a suspensão da Lei 10.820, aprovada em dezembro pelo governador Hélder Barbalho (MDB), que substitui o ensino presencial nas comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas por aulas à distância.

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De acordo com os docentes, diversas comunidades sofrem com a falta ou fornecimento interrompido de energia e internet, o que inviabiliza o ensino remoto.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) anunciou ter realizado uma assembleia-geral, no Sindicato dos Bancários, em Belém.  A greve, aprovada em unanimidade, será deflagrada por tempo indeterminado e está prevista para iniciar no dia 23 de janeiro.

“Normativas importantes que se referem à carreira, ao quadro permanente, às vantagens e ao regime de trabalho também foram modificadas. Em resumo, toda a categoria foi afetada e as ações do governo Helder Barbalho ainda retiram o assento do SINTEPP da Comissão Permanente de Avaliação da SEDUC, dando ao Secretário de Educação plenos poderes para avaliar o desempenho individual de cada servidor (a), acentuando a meritocracia e o assédio moral em nossas escolas”, declarou o Sindicato, em nota.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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