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Programa do CNJ prepara negros para ingresso na magistratura

Iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visa conceder bolsas de estudos para promover a diversidade no Judiciário
Imagem mostra um homem negro sentado em uma mesa no qual se encontram elementos do Poder Judiciário.

Imagem mostra um homem negro sentado em uma mesa no qual se encontram elementos do Poder Judiciário.

— Reprodução

21 de fevereiro de 2024

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (20) um programa para promover a diversidade no Judiciário por meio da concessão de bolsas para cursos preparatórios voltados para pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência (PcD).

O compromisso, realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi assinado durante a cerimônia de abertura do Ano Judiciário do CNJ. A ideia é que as bolsas de estudo sejam concedidas para o primeiro Exame Nacional da Magistratura, previsto para ocorrer em 14 de abril, e outros concursos públicos.

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Com duração inicial de cinco anos, o acordo pretende definir os critérios de funcionamento, seleção e concessão de incentivos para tornar o Poder Judiciário mais plural, combater estereótipos e aumentar os espaços sociais para as parcelas historicamente marginalizadas. 

A iniciativa é parte de uma ação estratégica liderada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, que busca eliminar as barreiras ao exercício, em igualdade de condições, dos direitos de cidadania por todas as pessoas. 

“Maior inclusão e maior diversidade na magistratura fortalecem a carreira e aumentam a representação da sociedade, o que é benéfico para todos”, disse Barroso, durante a cerimônia de assinatura do acordo, que também prevê apoio psicológico e bolsa manutenção por dois anos.

Além da FGV credenciar e gerenciar os recursos para o programa, a parceria se estende à Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) e à Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul, que fornecerá bolsas de estudos aos candidatos negros.

A expectativa é que, até março, as escolas judiciais dos tribunais já estejam aptas para oferecer o curso preparatório para o Exame Nacional da Magistratura. Após 45 dias da divulgação dos resultados serão escolhidos os beneficiários da bolsa manutenção.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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