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Provão Paulista eleva inclusão de alunos pretos, pardos, indígenas e de baixa renda na FEA-USP

Pesquisa revela mudança no perfil socioeconômico dos ingressantes após nova modalidade de ingresso nas universidades paulistas
Imagem do prédio da FEA-USP. Segundo estudo, a inclusão do Provão Paulista como modalidade de ingresso causou uma mudança no perfil socioeconômico de ingressantes na instituição de ensino.

Foto: Reprodução

7 de junho de 2024

Uma pesquisa realizada com os ingressantes de 2024 na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), conhecida como DataFEA, revelou mudanças significativas no perfil dos estudantes de graduação devido à implementação do Provão Paulista Seriado, iniciado neste ano e destinado exclusivamente a estudantes de escolas públicas.

Coordenado pelo professor Andres Veloso, do Departamento de Administração da FEA, em parceria com a Comissão de Graduação, presidida pela professora Adriana Marotti, o DataFEA entrevistou 534 alunos dos 590 matriculados nos cursos de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária.

Segundo os resultados, houve um aumento no ingresso de alunos de baixa renda e do grupo PPI (Pretos, Pardos, Indígenas). Em comparação a 2023, o ingresso de estudantes das classes sociais B2, C1, C2, D e E subiu de 48% para 55%, enquanto a parcela de alunos das classes A e B1 diminuiu de 52% para 44%. O total de ingressantes do grupo PPI aumentou de 20,1% em 2023 para 32% em 2024, representando um aumento de 12 pontos percentuais.

Além disso, o estudo apontou que 15,8% dos ingressantes se identificam como LGBTQIA+, sendo 6% gays ou lésbicas, 7,7% bissexuais e 2,1% pansexuais. Entre os 15 estudantes que se identificaram como Pessoas com Deficiência (PcD), a maioria tem deficiência visual.

Para Andres Veloso, a adesão ao Provão Paulista resultou em maior inclusão de alunos de baixa renda e do grupo PPI na FEA. No entanto, ele destaca a necessidade de um esforço maior em ações de permanência, pois mais alunos podem precisar de bolsas de estudo.

Para atender a essa demanda crescente, a FEA conta com bolsas de estudo oferecidas pelas Pró-Reitorias da USP, como o auxílio-permanência, além de outras bolsas disponíveis por meio de projetos desenvolvidos pelos próprios professores, como as do Programa Unificado de Bolsas (PUB) e do Programa de Estímulo ao Ensino de Graduação (PEEG).

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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