Neste domingo (3), o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, foi palco da final da SLS Super Crown, Liga Mundial de skate street, onde Rayssa Leal conquistou o bicampeonato. A atleta brasileira de 15 anos fez história ao garantir uma nota nove, um marco inédito em sua carreira e jamais alcançado por outra competidora.
A SLS Super Crown é a última etapa do ano da liga mundial de skate street, organizado pela Street League Skateboarding (SLS). Além do torneio profissional, o evento contou com diversas atrações como batalhas de rima e atrações musicais.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
O desempenho notável da brasileira nas duas primeiras voltas, com notas de 8,1 e nove, rendeu à Rayssa uma vantagem significativa. Mantendo sua liderança desde o início da disputa, a atleta consolidou a vitória ao acumular uma pontuação final de 31,9, superando a segunda colocada, Momjii Nishiya (30,6), e a terceira colocada, Paige Heym (28,8), ao longo de todos os circuitos da final.
“No último Street League, em Sidney, eu não consegui o meu nove. Então, para mim, conseguir isso no Brasil foi algo surreal. A gente estava fazendo a estratégia ontem à noite e eu tinha falado para minha mãe que eu só queria o meu nove”, celebrou após a conquista.
A vitória de Rayssa também garantiu a continuidade do domínio brasileiro no torneio feminino, seguindo os triunfos de Pamela Rosa nas edições de 2019 e 2020.
No masculino, Giovanni Vianna conquistou pela primeira vez o topo do pódio na SLS. Ele completou o circuito com 36,4 pontos, seguido pelo francês Vincent Milou, com 36,3 pontos e pelo português Gustavo Ribeiro, com 27,1.
O skate street tem três circuitos em que os principais atletas do mundo participam: o X Games, conhecido por ser o mais antigo e tradicional; o Circuito Mundial, etapa que vale pontos para o ranking de classificação para Paris; e a Street League, que foi realizada no Ibirapuera — vista como a mais importante da temporada.
No regulamento, cada atleta faz duas voltas de 45 segundos por todo circuito e ainda outras cinco manobras únicas. A avaliação final é baseada nas quatro melhores notas, com a ressalva de que apenas a pontuação da volta completa é considerada, estabelecendo um limite para a pontuação global.