A ginasta Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, foi incluída na lista das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024, divulgada nesta terça-feira (3) pela BBC, empresa pública britânica de comunicação.
A atleta de 25 anos, que alcançou seis pódios nos Jogos Olímpicos de Paris (dois ouros, três pratas e um bronze), compartilha o reconhecimento global com outras brasileiras, como Lourdes Barreto, ativista pelos direitos das prostitutas, e a bióloga Silvana Santos.
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A lista da BBC deste ano enfatiza histórias de resiliência e o percurso de vida de Rebeca exemplifica o tema. Nascida em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, em uma família com sete irmãos, Rebeca superou inúmeras dificuldades, desde longas caminhadas diárias para treinar até o esforço de sua mãe, uma trabalhadora doméstica solo, para custear os treinos.
A trajetória da ginasta inclui ainda três cirurgias graves no joelho, mas ela persistiu até alcançar o topo do esporte mundial.
O reconhecimento da BBC também destacou a admiração que Rebeca inspira em outras atletas, como Simone Biles e Jordan Chiles, que a celebraram após sua conquista do ouro no solo em Paris. Além disso, a ginasta foi elogiada por valorizar a psicologia esportiva como parte essencial de seu desempenho de alto nível.
Rebeca Andrade também concorre ao Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta do ano (Troféu Rei Pelé), que será entregue no próximo dia 11 de dezembro. Se vencer, será a quarta vez consecutiva que a ginasta conquista o título. Na disputa estão também a judoca Beatriz Souza, campeã olímpica em Paris, e a canoísta Ana Sátila, que alcançou o quarto lugar no K1.
Outras personalidades listadas
Além de Rebeca, a lista da BBC incluiu outras personalidades de relevância internacional, como Nadia Murad, ativista iraquiana ganhadora do Nobel da Paz, a atriz Sharon Stone, por sua luta em prol de pessoas vivendo com HIV, e Gisèle Pelicot, defensora dos direitos das mulheres.
A inclusão de Lourdes Barreto e Sivana Santos reforça a diversidade de vozes brasileiras reconhecidas. Lourdes é referência na luta por direitos de mulheres trabalhadoras do sexo, enquanto Silvana se destaca por avanços na biologia.
No âmbito esportivo, outras seis atletas foram lembradas na lista da BBC: Allyson Felix (EUA), a corredora com mais medalhas olímpicas na história; Kim Yeji (Coreia do Sul), atiradora de elite; Zakia Khudadadi (Afeganistão), a primeira medalhista paralímpica entre refugiados; Zhiying Zeng (Chile), estreante olímpica aos 58 anos no tênis de mesa; e duas sobreviventes de violência doméstica, a corredora Joan Chelimo Mellye (Quênia/Romênia) e a arqueira paralímpica Tacy Otto (EUA).