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Restos mortais do imigrante congolês Moïse Kabagambe serão preservados

O jovem foi espancado até a morte em janeiro de 2022 após cobrar o pagamento de serviços prestados em um quiosque no Rio de Janeiro
Moïse Kabagambe foi morto aos 24 anos no Rio de Janeiro.

Moïse Kabagambe foi morto aos 24 anos no Rio de Janeiro.

— Reprodução/Facebook

28 de janeiro de 2025

Após três anos do assassinato de Moïse Kabagambe, uma atuação conjunta entre órgãos públicos do Rio de Janeiro garantiu para a família do jovem congolês a exumação gratuita e a preservação de seus restos mortais.

A articulação envolveu a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

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A exumação e a preservação dos restos mortais de Moïse asseguram que a família possa cumprir seus rituais culturais e religiosos, evitando que o corpo fosse destinado ao ossário público, o que seria uma violação de seus direitos.

Moïse, que chegou ao Brasil com sua família para escapar dos conflitos na República Democrática do Congo, foi espancado até a morte em 24 de janeiro de 2022 após cobrar o pagamento por serviços prestados em um quiosque na Barra da Tijuca, na capital fluminense.

“A Defensoria Pública vem atuando integralmente na reparação do sofrimento que acometeu a família. Buscamos a responsabilização das pessoas que mataram covardemente o Moïse, que era um jovem imigrante, negro e que não recebeu o pagamento devido pelo trabalho que prestou ao quiosque Tropicália”, afirmou a defensora pública Gislane Keppe, do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh).

Três homens foram acusados de envolvimento na morte do jovem imigrante e vão à júri popular. O julgamento de Fabio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luiz da Silva está marcado para 13 de março de 2025.

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