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Ruas de Recife são tomadas por manifestantes que pedem Fora Bolsonaro

Ato foi marcado pela indignação com os casos de corrupção nas compras de vacinas, além de reivindicações por direitos básicos e impeachment

 Texto: Nadine Nascimento e Victor Lacerda I Edição: Nadine Nascimento I Imagens: Débora Oliveira / Alma Preta Jornalismo
Jovem negra em ato contra Bolsonaro

24 de julho de 2021

Na manhã ensolarada deste sábado (24), por volta das 10h30, ativistas, líderes políticos, sindicalistas, organizações sociais e manifestantes tomaram uma das principais vias do Recife, a Avenida Conde da Boa Vista. O quarto ato ‘Fora Bolsonaro’, que critica a gestão do atual presidente, em especial em relação à pandemia, seguiu pacífico.

A manifestação teve concentração na Praça do Derby e foi acompanhada por um trio elétrico, de onde ativistas fizeram discursos que criticavam a negligência do governo federal com a saúde e no enfrentamento à fome durante a crise de Covid-19. 

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Os manifestantes proferiam palavras de ordem como “Fora, Bolsonaro!”, “Bolsonaro Genocida” e “Cadê a vacina?”. 

O ativista Jackson Augusto, do Movimento Negro Evangélico, marcou presença no ato #24JForaBolsonaro na manhã deste sábado. Para ele, as manifestações dão um recado de que a população não vê mais com naturalidade a situação que atinge o país – que está prestes a bater a marca de 550 mil mortos pela Covid-19.

“Por tudo que está acontecendo, a população se sente abandonada. Tudo isso traz um sentimento não só de insegurança, mas de insatisfação, de indignação. Estamos vendo o que está acontecendo na CPI na Covid: fomos praticamente assaltados a céu aberto, à luz do dia. Nossas vidas foram negociadas a preço de um dólar por dose. A gente não pode ficar mais em casa porque, pelo visto, Bolsonaro está matando mais que o vírus”, acredita o jovem. 

Já Verônica Santos, da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, vê, com a população na rua, esperança para a construção de um novo país. “Estamos aqui na rua para dizer que temos um projeto político, e o nosso projeto político vem das mulheres negras organizadas, que dizem que vidas negras importam. Todo brasileiro e brasileira deve vir para a rua derrubar esse homem que nos tira todos os dias a esperança de um país melhor”, afirma.

Estiveram presentes nas ruas da capital pernambucana organizações como a Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, a Coalizão Negra Por Direitos, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), a Rede de Mulheres Negras de Terreiro, o Movimento Negro Evangélico, o MTST, a União dos Estudantes Pernambucanos, o Levante Popular e a Articulação Negra de Pernambuco. 

O trânsito foi fechado em toda a avenida, mas a demanda de carros não chegou a ser expressiva. O protesto chegou a impedir a passagem dos ônibus, por ser em uma via central e cheia de paradas.

Leia mais: Governo Bolsonaro poderia ter evitado no mínimo 120 mil mortes por Covid-19, diz estudo

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