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Sítio arqueológico indígena é encontrado no interior da Bahia

Cerâmicas e ferramentas foram encontradas na região do município de Barra do Mendes

Texto: Bárbara Cavalcante | Imagem: Divulgação/Iphan

Pedaços de cerâmica indígena que foram encontradas no chão no povoado de Spínola

Pedaços de cerâmica indígena que foram encontradas no chão no povoado de Spínola

12 de setembro de 2023

Um sítio arqueológico indígena foi identificado no povoado de Spínola, a 20 km do centro de Barra do Mendes, município do norte da Bahia. A descoberta foi realizada por arqueólogos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) durante a última fase das operações da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), em julho. A equipe de arqueólogos foi acionada por um cidadão que informou sobre a presença de vestígios arqueológicos em uma propriedade e, após investigação no local, a descoberta foi confirmada.

As peças foram datadas como pré-coloniais e pelas características decorativas pertencem ao grupo étnico Tupy. No local, foram encontrados vestígios de cerâmica, ferramentas de pedra (material lítico) e adornos de pedra jaspe verde bruta.

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Segundo publicou o Iphan, o sítio foi descoberto pelo proprietário do terreno, que preparava o local para o plantio de mandioca. Ao passar o trado mecânico no local, ele disse ter encontrado pedaços das cerâmicas.

A descoberta é de extrema importância porque já existiam notícias de grupos indígenas nessa região por pinturas rupestres. Com a identificação desse sítio arqueológico, será possível estabelecer uma datação precisa e específica, contribuindo assim para um melhor entendimento histórico da região. 

A confirmação é ainda mais relevante tendo em vista que os Tupy habitavam tradicionalmente o litoral da Bahia, o que reforça a presença material de que esse grupo indígena também habitava o interior do estado.

O sítio já foi cadastrado no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) e está oficialmente reconhecido como “Sítio Arqueológico Tupy Spínola”. Parte do material foi coletado e está na sede do Iphan, em Salvador, onde será submetido a análises. Além disso, estão planejadas investigações adicionais no sítio arqueológico para informações mais detalhadas e a possível descoberta de vestígios adicionais. 

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