PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

STF volta a julgar quebra de sigilo de buscas no Google em ação do assassinato de Marielle

Pauta chegou ao Supremo em 2021 e ainda não teve uma resolução. Ministro Alexandre de Moraes chegou a dizer que o Google criou "dificuldades"
A vereadora Marielle Franco durante protesto no Rio de Janeiro.

A vereadora Marielle Franco durante protesto no Rio de Janeiro.

— Reprodução/Mídia NINJA

23 de abril de 2025

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar nesta quarta-feira (23) a liberação do acesso a dados do Google de pessoas que pesquisaram informações envolvendo a vereadora Marielle Franco (PSOL) na semana em que ela foi assassinada, em março de 2018. O julgamento tem repercussão geral e o resultado valerá para processos semelhantes.

O recurso chegou ao Supremo em 2021 após ser apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que decidiu pela quebra do sigilo de pessoas que fizeram pesquisas sobre a  vereadora e sua agenda.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

O pedido solicitado é referente ao Protocolo de Internet (IP) de quem fez buscas por termos como “Agenda Marielle Franco”, e “Casa das Pretas”, local onde a vereadora estava antes de ser assassinada no dia 14 de março.

Segundo o Google, a varredura de históricos de pesquisa representa uma violação ao direito à privacidade. A empresa também afirma que a medida pode atingir usuários inocentes, já que os termos acessados envolvem uma figura pública.

Anteriormente, a ministra Rosa Weber, hoje aposentada, votou contra o acesso do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aos dados de usuários.

O processo agora está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que se posicionou favoravelmente ao pedido do MP-RJ, desde que o STF reconheça a possibilidade de acesso aos dados em casos com suspeita fundamentada.

Em 2023, Moraes suspendeu o julgamento que havia começado no plenário virtual. Na ocasião, o Ministério Público fluminense afirmou, em manifestação enviada ao STF, que o Google estaria criando “dificuldades” e agindo de forma a prejudicar as investigações.

Para o MP, as barreiras impostas pela empresa comprometem a agilidade da apuração, podendo resultar na perda de uma investigação mais eficaz.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano