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Tarcísio nega demissão de secretário de segurança após pressão de familiares de mortos pela PM

O governador de São Paulo indicou que não fará mudanças na Secretaria de Segurança Pública
A foto mostra o governador Tarcísio de Freitas (à direita), ao lado de Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo.

A foto mostra o governador Tarcísio de Freitas (à direita), ao lado de Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo.

— Reprodução / Alesp

14 de janeiro de 2025

Em entrevista coletiva, realizada na última segunda-feira (13), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que não realizará mudanças no comando da Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

A pasta chefiada pelo ex-PM da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA),  Guilherme Derrite, acumula denúncias de excesso de força em abordagens da Polícia Militar (PM).

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A fala de Freitas foi motivada pelo pedido realizado por Silvia Prado, em carta aberta direcionada ao chefe do governo paulista. A mulher, mãe de uma das vítimas fatais da PM em 2024, solicitou que o secretário fosse afastado do cargo.

Na coletiva, o governador declarou se sensibilizar com a dor da família Prado e de outras, atravessadas pela crescente letalidade da PM. No entanto, o governador negou a possibilidade de afastamento de Derrite.

“Não pretendo fazer mudanças por ora. A gente se sensibiliza com a dor dessa mãe. Entendo as manifestações que eles têm emitido, no lugar deles eu estaria procedendo da mesma forma. Os responsáveis serão apresentados à Justiça”, alegou Tarcísio de Freitas. 

Segundo os dados da SSP, estima-se que, de janeiro a setembro de 2024, as forças policiais de Tarcísio tenham vitimado, ao menos, 474 pessoas. O número representa um crescimento de 81,6% na letalidade policial da PM em relação aos índices de 2023, que somam 261 mortes.

Sobre os recentes casos de excessos de força e abordagens policiais que levaram à morte de cidadãos, o governador  indicou que o efetivo de agentes destacados para o patrulhamento na rua passarão por treinamentos.

“Já começamos uma série de treinamentos específicos para aquele efetivo policial que está indo para rua. Vão ter mais aquisição de material de capacitação neuromuscular, mais armamento não-letal. Atuar muito na capacitação e na punição severa de quem se desvia da conduta”, declarou Tarcísio de Freitas.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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