Nova York – Na segunda-feira (8), aconteceu o primeiro dia da programação do Fórum Político de Alto Nível 2024, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Entre os cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU pautadas para o evento, a ODS em destaque foi a 17, cujo objetivo é reforçar os meios de implementação e revitalização da parceria global e o desenvolvimento sustentável.
Além da pauta, o debate sobre utilização da inteligência artificial na educação foi discutido em evento especial, às margens do fórum principal. O fórum, que tem como objetivo debater cinco ODS, discute também temas correlatos levados em consideração devido à relevância e urgência mundial. Dessa forma, o Instituto para Treinamento e Pesquisa da ONU (UNITAR) e o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) realizaram um evento especial para debater o “papel crucial da inteligência artificial para o avanço da agenda 2030“.
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O debate foi conduzido por Nikkhil Seth, diretor-executivo da UNITAR, e contou com a participação de representantes oficiais da ONU e o fundador da International Advisory Group (IAG), Yasar Jarrar. Durante sua fala, ele comentou sobre as possibilidades da inteligência artificial como ferramenta para o desenvolvimento da educação global.
Apesar de iniciar a sua apresentação ressaltando as desigualdades, principalmente em relação aos extremos verticais do globo, Jarrar não apresentou como utilizar essa tecnologia para combater as desigualdades, principalmente as raciais. Na oportunidade, sua fala pontuou a importância de não temer a inteligência artificial, e sim incentivar seu uso. Por fim, apresentou as regulamentações nacionais como dificuldades para a implementação global da inteligência artificial.
Brasil se posiciona e defende parcerias público-privadas para o desenvolvimento sustentável
Como evento principal da tarde da segunda-feira (8), a agenda para discutir e reforçar os meios de implementação e revitalização da parceria global e o desenvolvimento sustentável teve a fala de países desenvolvidos e em desenvolvimento, como Kwait, Brasil e Noruega. Além do destaque ao posicionamento das nações em relação ao investimento público privado, as colaborações internacionais foram destacadas como saída para o avanço nos objetivos dos ODS.
Além de ressaltar a importância de investimentos para avanços sociais e destacar o combate às desigualdades raciais, a manifestação brasileira não ressaltou as dinâmicas do racismo estrutural que são preponderantes na ampliação das desigualdades.
O próximo compromisso no salão principal acontece nesta terça-feira (9), com o propósito de revisão das metas do Objetivo 1 — erradicação da pobreza ao nível global. Conforme apurado pela Alma Preta, organizações negras da sociedade civil se mobilizam para a inclusão da questão no posicionamento brasileiro.