Na terça-feira (2), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas para apresentar a atualização do cenário epidemiológico da dengue no Brasil. Segundo os dados apresentados, vinte estados brasileiros demonstram tendência de estabilidade ou queda na incidência da doença.
Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins apresentam estabilidade, enquanto Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Roraima e o Distrito Federal demonstram tendência de queda. Por outro lado, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe são os estados que indicam aumento nos casos.
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A secretária Maciel ressaltou a importância da continuidade dos esforços de prevenção, mesmo diante do cenário favorável em muitas regiões do país. “Este é um momento que ainda requer atenção. E precisamos que as pessoas continuem dedicando dez minutos contra a dengue buscando possíveis focos do mosquito. Também temos a necessidade de que, naqueles municípios onde as vacinas estão disponíveis, que os responsáveis levem as crianças para se proteger”, disse, conforme nota.
O diretor do Departamento do Programa de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, informou que a terceira remessa de vacinas está sendo utilizada para repor as doses remanejadas entre os municípios, visando otimizar a aplicação.
Apesar do avanço da vacinação, o Ministério da Saúde reforça a importância do combate ao mosquito transmissor da dengue. Até a Semana Epidemiológica (SE) 13 de 2024, o Brasil registrou 2,6 milhões de casos prováveis da doença, com 991 óbitos confirmados e 1,4 mil em investigação. Onze estados e 465 municípios decretaram emergência.
Os técnicos do Ministério da Saúde explicaram o processo de investigação de óbitos por doenças de notificação compulsória, como a dengue, destacando a complexidade do processo, que envolve apuração clínica, epidemiológica e laboratorial. A área de vigilância dos municípios tem até 60 dias para concluir a investigação e registrar o óbito no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), podendo haver análises adicionais em comitês de investigação locais ou estaduais.