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Negros têm menos internações por dengue, mas são maioria dos mortos no Brasil

Segundo dados do Ministério da Saúde, os homens negros representam o grupo que mais morre pela doença
A primeira manifestação da dengue é a febre alta acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

2 de abril de 2024

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, as pessoas negras constituem 47% das internações por dengue e 53% das mortes confirmadas e em investigação no Brasil. Por outro lado, brancos representam 48% dos internados e 44,7% das mortes confirmadas e em investigação. As informações foram registradas entre 31 de dezembro de 2023 a 9 de março deste ano.

No total, 9.148 pessoas brancas foram internadas, contra 8.989 negras, sendo elas 8.203 pardas e 786 pretas. No que diz respeito às mortes confirmadas e em investigação, a proporção se inverte: são 590 negros entre os registros de óbito pela doença (510 pardos e 80 negros), contra 492 brancos.

Entre os perfis presentes na análise divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, as mulheres negras lideram o número de casos de dengue (28%), enquanto as mulheres brancas são mais internadas pela doença (28%) e os homens negros representam o grupo que mais morre (28%).

A região Sudeste registra o maior número de mortes, com 690 casos, seguida pela região Centro-Oeste (275), Sul (169), Nordeste (66) e Norte (14).

De acordo com o Ministério da Saúde, normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Ao notar esses sintomas, é crucial buscar atendimento médico para iniciar o tratamento adequado.

Conforme informações divulgadas em dezembro de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55% dos brasileiros se autodeclaram pretos ou pardos. Ao todo, o país tem 112,7 milhões de negros.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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