PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Violência contra juventude negra é tema de concurso nacional de reportagem e vídeo-série

30 de novembro de 2016

Texto: Divulgação / Edição de Imagem: Pedro Borges

Cerca de 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados todos os anos no Brasil. São 63 por dia, um a cada 23 minutos. Os números são do Mapa Da Violência de 2014, produzido com base em números oficiais do Ministério da Saúde. Resgatar as histórias de vidas abreviadas e reduzidas em estatísticas e problematizar as diversas formas de violências que atingem a juventude negra brasileira são objetivos do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, lançado pela Revista Afirmativa.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A iniciativa premiará reportagens inéditas de jornalistas recém-formados e estudantes de jornalismo. Os três primeiros colocados serão premiados com R$ 2.000.00, R$1.200 e R$500,00, respectivamente, e terão seus textos publicados no portal da revista. Já o material selecionado em primeiro lugar também será veiculado na edição impressa, que terá 50% de sua tiragem distribuída gratuitamente em cursos pré-vestibular comunitários e articulações de jovens negros da Bahia.

Imagens Afirmativa Baixa 2JPEG

Os apaixonados por séries tem a oportunidade de criar seu próprio roteiro e participar de todas as etapas de produção de uma vídeo-série, lançada no Youtube. Os proponentes das primeiras três propostas selecionadas passarão por oficinas de mídia livre, produção audiovisual e telejornalismo. A iniciativa contempla uma bolsa auxilio durante a realização do projeto.

“Na imprensa convencional temas como auto de resistência, violência obstétrica, protagonismo da mulher negra, costumam ser negligenciados. Iniciativas como este Prêmio, permitem que estes grupos ‘esquecidos’, ocupem o lugar de fala, o que inclusive é marca em nossa Revista” explica Jonas Pinheiro, um dos editores da Afirmativa.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 15 de dezembro deste ano no site da Revista Afirmativa . O projeto é financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos e tem apoio do Odara Instituro da Mulher Negra e do coletivo de cinema negro Tela Preta. Confira os editais:

Prêmio de Jornalismo Revista Afirmativa: A Juventude Comunica o Direito a Vida

Seleção Audiovisual Revista Afirmativa

Campanha – No período que antecedeu o fim da escravidão no Brasil, o jornalismo já era utilizado na luta pela abolição, através de pasquins. Este é um dos principais registros do inicio das produções de mídia negra no país.

Hoje nas TVS, rádios, revistas, jornais e plataformas digitais, o compromisso na luta pela possibilidade de acesso a um jornalismo polifônico e auto representativo continua. A frente do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, a Revista Afirmativa é um coletivo de mídia negra criado em 2013, que protagoniza ações sociais pelos direitos da juventude, direito à livre comunicação e à cultura.

Imagens Afirmativa Baixa 1JPEG

“Ao longo da história, década por década, atualizamos as formas de produzir, compartilhar, noticiar. Em tempos em que o ódio racista, classista, fundamentalista cristão investe tudo contra nossa humanidade, as mídias negras e livres precisam estar cada vez mais fortalecidas”, é o que enfatiza Alane Reis, coordenadora do projeto.

A campanha de divulgação do projeto celebra a atuação de comunicadores negros. André Luís Santana, Camila de Moraes, Jamile Menezes, Juliana Dias, Luciane Neves, Maíra Azevedo, Midiãn Noelle, Mônica Santana, Monique Evelle, Naiara Oliveira, Rita Batista, Vânia Dias e Yuri Silva são os profissionais que compartilharam suas imagens, trajetórias e opiniões para fortalecer e dar vida a iniciativa.

“Todo jornalista tem o dever de combater o racismo e todas as formas de preconceito que têm matado os nossos jovens. Isso não é militância política pura e simples como já tentaram depreciar essa ação ao longo do tempo, mas o compromisso com a sua ética profissional e responsabilidade social”, afirma Cleidiana Ramos, que atua como jornalista do projeto Flor de Dendê.

Opinião semelhante compartilhada pela jornalista Midiã Noelle. “Ser jornalista é uma tarefa árdua, desafiante, que requer ética e foco para garantir que as informações sejam transmitidas de forma correta e coerente à população. E ser jornalista negro nos dá o diferencial de lutar por direitos e, contra o racismo, a partir da nossa própria percepção e sobrevivência cotidiana”, conclui.

Acompanhe a campanha pelo Facebook e Instagram @revistaafirmativa

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano