Durante uma live no Instagram da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a apresentadora Xuxa Meneghel defendeu o uso de presidiários como experimentos para remédios e vacinas contra a Covid-19. Na entrevista, Xuxa criticou o uso de animais em testes de cosméticos e remédios e afirmou que detentos poderiam ajudar nesses casos.
Após a repercussão da fala, Xuxa postou em suas redes sociais um pedido de desculpas por não ter utilizado as palavras certa.
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“Algumas pessoas usaram a expressão de que eu teria falado sobre raça, sobre negros, sobre presidiários negros, pobres. Não me passou nada disso pela cabeça. Me veio pela cabeça uma pessoa que estupra uma criança, que fica num presídio, anos ali, poderia pensar em ajudar outras pessoas de alguma maneira. É errado? É errado. Me expressei mal? Me expressei mal.”, afirmou Xuxa.
Histórico Polêmico
Essa não é a primeira vez que Xuxa se envolve numa polêmica envolvendo questões raciais. Em 1991, a apresentadora protagonizou uma mensagem de fim de ano da Rede Globo ao lado de Grande Otelo. Na época, Xuxa interpretou o samba “Boneca de Pixe” com o seu rosto pintado de preto, técnica racista conhecida como black face.
Em 2004, a ONG pernambucana Djumbay acusou Xuxa de racismo após ter acesso a um episódio do programa “Xuxa no Mundo da Imaginação” no qual a entidade teria identificado elementos que configuravam o crime de racismo. Na época, afirmaram que a apresentadora conta uma fábula sobre um reino de macacos, onde a rainha é caracterizada com a pele pintada de preto e colar de bananas. “No final, quando o feitiço é quebrado, os macacos viram humanos e a rainha se transforma numa figura branca.”, disse a ONG.
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